
São Paulo — InkDesign News — O corpo celeste Ceres, localizado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, é objeto de novas investigações que sugerem que, no passado, poderia ter sustentado condições favoráveis à vida microbiana simples.
Detalhes da missão
Dados obtidos pela sonda Dawn da NASA, que operou entre 2015 e 2018, foram analisados para entender melhor a história geológica e potencial habitabilidade de Ceres. A sonda explorou o planeta anão, que possui cerca de 960 quilômetros de diâmetro, e coletou informações significativas sobre sua superfície e interior.
Tecnologia e objetivos
A sonda Dawn utilizou espectrômetros e câmeras de alta resolução para mapear a composição da superfície ceresiana, revelando a presença de depósitos de sal refletivos e moléculas orgânicas. De acordo com os pesquisadores, essas descobertas indicam que os ingredientes básicos para a vida estavam presentes. “Então, poderia ter grandes implicações se pudermos determinar se o oceano de Ceres teve um influxo de fluidos hidrotermais no passado”, afirmou Samuel Courville, pesquisador da Universidade Estadual do Arizona.
“Assim, poderia ter implicações significativas se conseguirmos determinar se Ceres’ ocean had an influx of hydrothermal fluid in the past.”
(“So it could have big implications if we could determine whether Ceres’ ocean had an influx of hydrothermal fluid in the past.”)— Samuel Courville, Pesquisador, Universidade Estadual do Arizona
Próximos passos
Os próximos passos envolvem investigações mais profundas sobre Ceres e outros corpos extraterrestres semelhantes, como algumas luas de Urano e Saturno, que podem ter evoluído de maneira análoga, apresentando potencial para abrigar oceanos temporários que poderiam suportar vida no passado. “Mesmo que a vida nunca tenha se estabelecido em Ceres, a descoberta pode ajudar a ampliar a gama de ambientes que poderiam ser habitáveis”, acrescentou Courville.
A pesquisa sobre a potencial habitabilidade passada de Ceres foi publicada em 20 de agosto na revista Science Advances, contribuindo para nosso entendimento sobre a evolução de corpos pequenos e gelados no sistema solar.
Os resultados podem influenciar futuras missões e estudos de outros mundos gelados, já que muitos objetos no sistema solar compartilham características semelhantes em tamanho e composição, representando um tipo comum de ambiente potencialmente habitável.
Com esta nova perspectiva, a exploração espacial avança em direção a uma compreensão mais profunda das condições que podem ter fomentado a vida em nosso sistema solar.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)