
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos utilizando o Telescópio Espacial James Webb (JWST) revelaram o maior mapa do universo primitivo até o momento, oferecendo uma visão abrangente do cosmos antigo. O mapeamento foi realizado durante seu primeiro ano de operação.
Detalhes da missão
O projeto COSMOS-Web, o maior programa de observação do JWST, foi concedido mais de 200 horas de tempo de observação. A equipe global, composta por quase 50 pesquisadores, analisou uma área do céu equivalente à largura de três luas cheias lado a lado. O levantamento combinou mais de 10.000 exposições, revelando quase 800.000 galáxias que iluminam eras do universo que datam de bilhões de anos atrás.
Tecnologia e objetivos
O JWST utiliza tecnologia avançada para mapear a estrutura e as características das galáxias, oferecendo dados sobre tamanho, forma e brilho, assim como sobre anéis de reionização nos quais as primeiras galáxias se formaram. “Revelar galáxias que eram invisíveis em outras longitudes de onda foi incrível”, disse Maximilien Franco, pesquisador do projeto.
“Foi gratificante finalmente vê-las aparecer em nossos computadores.”
(“It was gratifying to finally see them appear on our computers.”)— Maximilien Franco, Pesquisador Pós-Doutoral, Universidade de Hertfordshire
Próximos passos
A equipe do COSMOS-Web planeja usar as galáxias primordiais como indicadores para medir o tamanho das “bolhas de reionização”. Eles também publicaram uma série de estudos científicos que exploram o vasto conjunto de dados, incluindo técnicas de aprendizado de máquina para estimar propriedades físicas das galáxias. Jeyhan Kartaltepe, líder do projeto, comentou:
“A realidade se mostrou melhor — conseguimos ir mais fundo do que esperávamos.”
(“The reality turned out to be better — we were able to go deeper than what we expected.”)— Jeyhan Kartaltepe, Astrofísico, Instituto de Tecnologia de Rochester
O impacto deste projeto no avanço da exploração espacial é imensurável, revelando não só a grandeza do universo primitivo, mas também contribuindo para o nosso entendimento da formação galáctica ao longo dos bilhões de anos.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)