
São Paulo — InkDesign News — O telescópio espacial James Webb capturou uma imagem impressionante da nebulosa NGC 6357, a conhecida Nebulosa Lagosta, localizada na constelação de Escorpião, a aproximadamente 5.500 anos-luz da Terra. Esta imagem revela características fascinantes de uma região que é um berçário estelar.
Detalhes da missão
O telescópio James Webb, lançado em 25 de dezembro de 2021, visa explorar o universo em detalhes sem precedentes, utilizando sua tecnologia de infravermelho. A imagem da nebulosa, obtida com sua Câmera de Infravermelho Próximo (NIRCam), foca em uma parte da nebulosa onde o aglomerado estelar Pismis 24 reside. A observação revela picos de gás molecular, com o maior medindo 5,4 anos-luz de altura.
Tecnologia e objetivos
Equipado com instrumentos avançados, o telescópio é capaz de detectar a luz infravermelha, que não é visível para o olho humano. Esta imagem em cores falsas não apenas destaca as características do gás ionizado e das partículas de poeira, mas também categoriza as estrelas em função de sua temperatura e massa. Em relação à atividade estelar, a imagem mostra que a radiação ultravioleta provenientes das estrelas está moldando a estrutura do gás, induzindo colapsos gravitacionais que podem originar novas estrelas. “O gás dentro do espiróide é agitado e comprimido a ponto de começar a sofrer colapso gravitacional e formar mais estrelas”, explica o astrônomo da NASA.
Próximos passos
As futuras observações esperadas do telescópio James Webb incluem estudos detalhados da dinâmica do gás e da formação estelar na Nebulosa Lagosta. Além disso, a equipe de pesquisa planeja colaborar com outros observatórios, como o Telescópio Espacial Hubble, para obter uma visão mais clara das interações entre estrelas e o material ao seu redor. Os resultados dessas investigações poderão ser cruciais para entender não apenas a formação de estrelas, mas também a evolução galáctica.
A imagem da nebulosa NGC 6357, em particular, destaca a rica complexidade da formação de estrelas e a interação de gases em um ambiente dinâmico. Este avanço na exploração espacial não somente expande o nosso conhecimento sobre o universo, mas também ilustra a importância de investigações contínuas em astrofísica.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)