
São Paulo — InkDesign News — Em um cenário em que a exploração lunar se intensifica, a corrida para a construção de infraestrutura na Lua ganhou destaque com planos da China de estabelecer uma usina nuclear até 2035, enquanto os Estados Unidos também se preparam para implementar um reator lunar até 2030.
Detalhes da missão
Em abril de 2025, a China anunciou um projeto para construir uma usina nuclear na superfície lunar. O reator será parte de uma estação de pesquisa lunar internacional, prevista para entrar em operação até 2035. Em contrapartida, a NASA, liderada pelo Administrador interino Sean Duffy, manifestou a intenção de ter um reator funcional na Lua até 2030, em uma clara resposta aos planos chineses.
Tecnologia e objetivos
Ambas as nações estão investindo em sistemas de energia nuclear, essenciais para manter operações sustentáveis em bases lunares e em atividades de mineração. A exploração espacial não é novidade para o uso de energia nuclear; desde os anos 60, tanto os EUA quanto a antiga União Soviética utilizam geradores radioisótopos para operar sondas espaciais. A proposta nuclear atual na Lua é respaldada por diretrizes existentes, como as da ONU de 1992 que abordam o uso de fontes de energia nuclear no espaço.
A energia nuclear pode ser vital para missões em regiões onde a energia solar é insuficiente.
(“Nuclear energy may be essential for missions where solar power is insufficient.”)— Resolução da ONU, 1992
Próximos passos
Os avanços em tecnologias de reatores nucleares pequenos, projetados para durar mais de uma década, estão em andamento, com potencial para suportar habitats e sistemas vitais na Lua. A proposta não é apenas sobre a presença física, mas sobre a influência nas normas internacionais de exploração lunar. O primeiro país a desenvolver uma infraestrutura robusta poderá definir a dinâmica de acesso e uso dos recursos lunares.
Construir infraestrutura não é reivindicar território, mas moldar a forma como outros operam.
(“Building infrastructure is not staking a territorial claim.”)— Michelle Hanlon, Advogada Espacial
O progresso em direção a um reator na Lua pode redefinir as capacidades de exploração espacial e influenciar a governança internacional em ambientes extraterrestres. O futuro da exploração lunar será determinado por quem constrói e como realiza suas operações, marcando uma nova era para a presença humana fora da Terra.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)