
São Paulo — InkDesign News — Meteorologistas enfrentam uma crise iminente com a desativação de três satélites cruciais para previsão de furacões no Oceano Atlântico, programada para julho de 2025. Essa perda ameaça a precisão nos avisos de tempestades, especialmente considerando a previsão de uma temporada ativa.
Detalhes da missão
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) anunciou que a coleta de dados dos Satélites Meteorológicos de Defesa (DMSP) será interrompida até 30 de junho de 2025. Os satélites DMSP, lançados entre 1999 e 2009, operaram além da expectativa de vida projetada inicialmente de cinco anos, e já estavam programados para serem desativados devido a riscos de segurança cibernética. A decisão foi oficializada após um aviso emitido pela administração de Trump no dia 25 de junho de 2025.
Tecnologia e objetivos
Os satélites DMSP são equipados com instrumentos avançados, como o sensor de micro-ondas especial (SSMIS), que permitem a visualização interna das nuvens, similar a um exame de ressonância magnética. Esses dados são cruciais para identificar a localização do centro de baixa pressão de um furacão, melhorando a precisão nas previsões de trajetória e potencial intensificação da tempestade. “Com esses instrumentos, meteorologistas podem prever com maior eficácia eventos de intensificação rápida, que representam riscos significativos para as áreas costeiras”, afirma um especialista do setor.
“A perda desses dados pode impactar seriamente a capacidade de prever e monitorar furacões, especialmente em uma temporada que se prevê acima da média.”
(“The loss of this data can significantly impact the ability to forecast and monitor hurricanes, especially in a season that is projected to be above average.”)— Especialista em Meteorologia
Próximos passos
Com a desativação dos DMSP, meteorologistas deverão se adaptar a outras fontes de dados. A NOAA já conta com três satélites alternativos: NOAA-20, NOAA-21 e Suomi NPP, que utilizam tecnologias semelhantes, mas com menor resolução. O novo satélite de meteorologia da Força Espacial dos EUA, o ML-1A, foi lançado em abril de 2025 e pode oferecer capacidades complementares, embora o acesso a esses dados ainda não tenha sido garantido. “A integração de novas tecnologias e a reavaliação das missões existentes serão essenciais para minimizar o impacto dessa transição”, adiciona um analista da NOAA.
“Neste momento, precisamos urgentemente de soluções alternativas para continuar a fornecer previsões precisas e salvar vidas.”
(“At this moment, we urgently need alternative solutions to continue providing accurate forecasts and save lives.”)— Meteorologista
A desativação dos DMSP é um reflexo de desafios contínuos na atualização do sistema de monitoramento meteorológico e levanta questões sobre o futuro da previsão de furacões em um cenário que se torna cada vez mais complexo. A manutenção da precisão das previsões meteorológicas é vital, especialmente em um contexto de crescente incidência de fenômenos climáticos extremos.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)