NASA observa sincronia entre flares solares e pulso na órbita terrestre

São Paulo — InkDesign News — A atmosfera terrestre responde em sincronia às explosões solares, segundo estudo recente que revela uma sensibilidade maior do que se imaginava entre o Sol e a ionosfera da Terra. A pesquisa analisou um intenso flare solar de classe X5.4 ocorrido em março de 2012, utilizando dados da missão Solar Dynamics Observatory da NASA e do satélite GOES-15.
Detalhes da missão
Em 7 de março de 2012, um flare solar de categoria X5.4 foi identificado originado por um agrupamento superativo de manchas solares na superfície do Sol. Durante o evento, ambos os satélites capturaram dados que revelaram rajadas rítmicas de energia com intervalos aproximados de 90 segundos, denominadas Pulsos Quasi-Periódicos (QPPs). O processo de coleta envolveu também o monitoramento via GPS com uma rede integrada de estações terrestres e satélites para analisar o efeito das emissões solares na ionosfera terrestre.
Tecnologia e objetivos
Os instrumentos do Solar Dynamics Observatory avaliaram as frequências de emissões eletromagnéticas na atmosfera solar, enquanto o GOES-15 forneceu informações complementares sobre as explosões de energia. A meta científica principal foi correlacionar essas emissões com a resposta da ionosfera, uma camada carregada de elétrons na alta atmosfera terrestre. Esse acompanhamento revelou que a ionosfera oscila em sincronia com os pulsos solares, porém com um atraso de cerca de 30 segundos, evidenciando sua “lentidão” inerente na adaptação a mudanças rápidas.
“We’ve been able to show, for the very first time, that the sun’s flare pulsations and Earth’s atmosphere were pulsing in sync during a solar flare.”
“Conseguimos mostrar, pela primeira vez, que as pulsações do flare solar e a atmosfera da Terra pulsavam em sincronia durante um flare solar.”— Aisling O’Hare, Pesquisadora, Queen’s University Belfast
Próximos passos
As descobertas sugerem que impactos significativos em sistemas tecnológicos, como comunicação via rádio e GPS, podem ocorrer instantes após a ocorrência de um flare. Pesquisadores planejam agora aprofundar o estudo das interações detalhadas entre fenômenos magnéticos solares e a ionosfera. Estudos adicionais serão realizados para aprimorar modelos preditivos de clima espacial, fundamentais para mitigar riscos em satélites e redes elétricas, com colaborações internacionais em andamento.
“It has been fascinating leading the study as we’ve been able to reveal just how sensitive our atmosphere is to the solar flares.”
“Tem sido fascinante liderar o estudo ao revelar quão sensível a nossa atmosfera é aos flares solares.”— Aisling O’Hare, Pesquisadora, Queen’s University Belfast
Este avanço científico amplia o entendimento das relações dinâmicas entre o Sol e a Terra, reafirmando a importância de monitorar o clima espacial para preparação e proteção das tecnologias vitais para a sociedade contemporânea.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)