
São Paulo — InkDesign News — Cientistas investigam a possibilidade da vida em planetas que orbitam anãs brancas, estrelas que restam após a morte de estrelas semelhantes ao Sol. Pesquisas recentes indicam que esses exoplanetas podem ter condições favoráveis para a existência de água líquida, essencial para a vida.
Detalhes da missão
A busca por mundos habitáveis em torno de anãs brancas é uma tarefa desafiadora, uma vez que estima-se que existam cerca de 10 bilhões dessas estrelas em nossa galáxia. A relevante descoberta sobre a sobrevivência de planetas orbitando anãs brancas ocorreu em 2020, quando especialistas identificaram o primeiro planeta intacto em órbita de uma estrela desse tipo. Isso levanta questões críticas sobre o que seria necessário para sustentar vida em tais ambientes hostis.
Tecnologia e objetivos
Os pesquisadores utilizam o método de trânsito para observar planetas que passam na frente de suas estrelas. Essa técnica permite determinar a composição atmosférica dos planetas pela luz da estrela. A adaptação desse método para anãs brancas pode revelar a presença de moléculas biológicas. “Se tais planetas tiverem moléculas criadas por organismos vivos em sua atmosfera, o Telescópio Espacial James Webb provavelmente será capaz de detectá-las quando o planeta passar na frente de sua estrela”, afirma um especialista.
“ A presença de água líquida em planetas que orbitam anãs brancas pode ampliar significativamente o escopo da busca por vida fora da Terra.
(“The presence of liquid water on planets orbiting white dwarfs could significantly broaden the scope of the search for life beyond Earth.”)— Professor de Astronomia, Universidade de Wisconsin-Madison
Próximos passos
Nos próximos anos, novas missões e telescópios avançados, como o James Webb, devem melhorar as técnicas de detecção e caracterização de exoplanetas em torno de anãs brancas. “Estamos explorando novas estratégias para detectar esses mundos evasivos”, acrescenta um dos pesquisadores envolvidos. As descobertas futuras podem não apenas revelar a presença de água, mas também possibilitar o entendimento da habitabilidade em condições extremas.
Compreender como esses sistemas planetários funcionam após a morte de suas estrelas pode oferecer insights valiosos sobre a resiliência da vida e os limites do ambiente habitável. A busca por indícios de vida em planetas ao redor de anãs brancas promete revelar novas dimensões sobre a continuidade da vida no universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)