São Paulo — InkDesign News — Novas pesquisas indicam que a matéria escura pode se acumular ao longo de vastos períodos no núcleo de planetas do tamanho de Júpiter, criando buracos negros que consomem esses mundos de dentro para fora. Esse conceito inovador sugere que planetas fora do nosso sistema solar, conhecidos como “exoplanetas”, poderiam ser usados para estudar o mistério da matéria escura.
Detalhes da missão
No novo modelo apresentado, partículas de matéria escura superpesadas poderiam ser aprisionadas por exoplanetas, perdendo energia e flutuando em direção ao núcleo desses mundos. Uma vez lá, essas partículas se acumulam até colapsar, formando um buraco negro que consome o planeta-alvo. Essa teoria não se aplica a todos os modelos de buracos negros, especialmente se partículas de matéria escura se aniquilarem ao se encontrarem, como sugerido por alguns modelos teóricos.
Tecnologia e objetivos
“Se as partículas de matéria escura forem massivas o suficiente e não se aniquilarem, elas podem eventualmente colapsar em um pequeno buraco negro”, afirmou o pesquisador Mehrdad Phoroutan Mehr. “Se as partículas de matéria escura forem pesadas o suficiente e não se aniquilarem, elas podem eventualmente colapsar em um pequeno buraco negro”
(“If the dark matter particles are heavy enough and don’t annihilate, they may eventually collapse into a tiny black hole.”) — Mehrdad Phoroutan Mehr, Pesquisador, Universidade da Califórnia, Riverside.
Os buracos negros resultantes desses processos seriam consideravelmente menores do que os buracos negros estelares, desenvolvendo-se a partir de planetas com massas semelhantes à de Júpiter. Além disso, essa nova teoria sobre a matéria escura fornece uma nova perspectiva na exploração de exoplanetas, que já ultrapassam 5.000 identificados até o momento.
Próximos passos
A equipe de pesquisa sugere que a detecção de um buraco negro com a massa de um planeta representaria um avanço significativo na compreensão da matéria escura. “Descobrir uma população de buracos negros do tamanho de planetas poderia oferecer uma forte evidência em favor do modelo de matéria escura superpesada que não se aniquila”, observou Phoroutan-Mehr.
Assim, o contínuo levantamento de dados e a observação detalhada de exoplanetas poderão elucidar ainda mais a verdadeira natureza da matéria escura, que ainda permanece em grande parte como um mistério para os cientistas. O reconhecimento desta nova perspectiva pode revolucionar nossa compreensão sobre a composição do universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)
