
São Paulo — InkDesign News — Novas observações feitas com o Telescópio Espacial James Webb (JWST) sugerem que duas das luas de tamanho médio de Plutão, Nix e Hydra, podem ter se formado a partir do interior da maior lua de Plutão, Caronte. A pesquisa revela que Nix e Hydra possuem composições mais similares às de Caronte do que a outros objetos no Cinturão de Kuiper.
Detalhes da missão
O JWST, lançado em dezembro de 2021, tem o objetivo de investigar a formação e evolução de planetas e luas no sistema solar. Recentemente, foi utilizado para analisar Nix e Hydra, permitindo uma melhor comparação dessas luas com outros objetos transnetunianos (TNOs). As observações foram realizadas durante a conferência “Progress in Understanding Pluto: 10 Years After Flyby”, em julho de 2023, em Laurel, Maryland.
Tecnologia e objetivos
O JWST opera em uma ampla faixa de comprimentos de onda, permitindo a identificação de cores e características superficiais de Nix e Hydra. O cientista planetário Brian Holler comentou sobre a singularidade das superfícies das luas:
“Esse tipo de superfície parece ser amplamente único na região transnetuniana.
(“This surface type appears to be largely unique in the trans-Neptunian region.”)— Brian Holler, Cientista Planetário, Space Telescope Science Institute
Ele observou que a cor avermelhada da superfície das luas pode estar ligada a materiais contendo carbono.
Próximos passos
Holler expressou a intenção de usar o JWST para realizar observações espectroscópicas das luas, a fim de investigar a composição do material na superfície. Ele acrescentou que:
“O próximo passo óbvio após um aperitivo de imagens é pedir um prato principal espectroscópico.
(“The obvious next step after an imaging appetizer is to order a spectroscopic entree.”)— Brian Holler, Cientista Planetário, Space Telescope Science Institute
A expectativa é que futuras observações proporcionem mais informações sobre a dinâmica do material que é ejetado da superfície das luas e que eventualmente pode cair de volta em Caronte.
Essas investigações aprofundam nossa compreensão da missa que envolve Plutão e suas luas, oferecendo indícios de uma origem comum e contribuindo para o conhecimento sobre os processos que moldam os corpos celestes no sistema solar.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)