NASA investiga buracos negros que transformam matéria em energia escura

São Paulo — InkDesign News — Um novo estudo sugere que buracos negros podem converter matéria estelar morta em energia escura, uma força misteriosa que impulsiona a aceleração da expansão do universo, oferecendo uma nova perspectiva sobre lacunas nas atuais teorias cosmológicas.
Detalhes da missão
Pesquisadores da Arizona State University e da Universidade do Havai, entre outros, apresentaram a hipótese dos buracos negros cosmologicamente acoplados (CCBH) como uma possível explicação para anomalias no modelo padrão de cosmologia, que é a Lambda Cold Dark Matter (LCDM). O estudo foi publicado em 21 de agosto na revista Physical Review Letters.
Tecnologia e objetivos
A pesquisa foi inspirada por observações feitas pelo Dark Energy Spectroscopic Instrument (DESI), que coleta dados sobre a força da energia escura ao longo de 10 bilhões de anos, revelando que a quantidade de matéria no universo parece estar diminuindo. Essa abordagem conectou a expansão acelerada do universo com a ação dos buracos negros, postulando que a conversão de matéria em pequenas “bolhas” de energia escura poderia justificar a variação do chamado constante de Hubble ao longo do tempo.
“Historicamente, essa é a maneira como a física é feita. Você propõe o máximo de ideias possíveis e as refuta o mais rapidamente que puder.”
(“Historically, this is the way physics is done. You come up with as many ideas as you can and you shoot them down as fast as you can.”)— Steve Ahlen, Pesquisador da DESI
Próximos passos
O avanço na compreensão do fenômeno dos neutrinos, partículas quase sem massa, também é uma consequência positiva da CCBH. O estudo sugere que sua massa, anteriormente considerada problemática, pode ser resgatada se a transformação da matéria em energia escura for confirmada. As futuras análises tanto do DESI quanto de telescópios como o Hubble e o James Webb ajudarão a validar a hipótese CCBH e a esclarecer os fundamentos da energia escura no universo.
“A hipótese CCBH quantifica a ligação entre fenômenos que, à primeira vista, não pareceriam relacionados.”
(“The CCBH hypothesis quantifiably links phenomena you would not initially expect to be related.”)— Duncan Farrah, Professor da Universidade do Havai
Esses progressos podem não apenas esclarecer os mistérios atuais da física e da cosmologia, mas também ampliar a nossa compreensão sobre a estrutura e a evolução do universo, fornecendo insights quiçá revolucionários sobre sua composição e comportamento.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)