
São Paulo — InkDesign News — Cientistas desenvolveram um modelo mais avançado para entender os “mundos de vapor”, que são planetas menores que Netuno e maiores que a Terra, onde as condições são quentes demais para a existência de água líquida na superfície, resultando em atmosferas ricas em vapor d’água.
Detalhes da missão
A pesquisa conduzida por uma equipe da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, visa entender a composição e a origem desses planetas. O modelo considera estados exóticos da água que são difíceis de replicar na Terra, ajudando a conectar as atmosferas dos mundos sub-Neptunianos a seus interiores. A missão é pautada pelo interesse crescente em exoplanetas, especialmente após a confirmação do planeta GJ 9827 d, descoberto pelo Telescópio Espacial James Webb em outubro de 2024, que possui uma atmosfera quase totalmente composta por vapor d’água.
Tecnologia e objetivos
Os novos modelos são essenciais para determinar as características dos planetas sub-Neptunianos, que estão mais próximos de suas estrelas em comparação com os luas geladas do Sistema Solar, como Europa e Encélado. A principal inovação do modelo é o uso de estados extremos da água, como água supercrítica e gelo superiônico, para simular a complexidade dos mundos de vapor. “Quando entendermos como os planetas mais comuns do universo se formam, podemos focar nos exoplanetas menos comuns que são habitáveis”, afirmou Artem Aguichine.
“Vida pode ser entendida como complexidade, e a água tem uma ampla gama de propriedades que possibilitam essa complexidade.”
(“Life can be understood as complexity, and water has a wide range of properties that enable this complexity.”)— Artem Aguichine, Pesquisador, Universidade da Califórnia, Santa Cruz
Próximos passos
O modelo desenvolvido será testado com o lançamento do telescópio PLATO, previsto para 2026, com o objetivo de encontrar planetas do tamanho da Terra em zonas habitáveis, onde a água líquida pode existir. Aguichine ressaltou: “PLATO nos dirá quão precisos são nossos modelos e a direção em que precisamos refiná-los.”
“Os interiores dos planetas são ‘laboratórios’ naturais que estudam condições difíceis de reproduzir em laboratórios universitários na Terra.”
(“The interiors of planets are natural ‘laboratories’ for studying conditions that are difficult to reproduce in a university laboratory on Earth.”)— Natalie Batalha, Astrobiologista, Universidade da Califórnia, Santa Cruz
Estas investigações não apenas avançam nossa compreensão dos mundos de vapor, mas também têm o potencial de revelar novos nichos para a vida na galáxia, impactando significativamente a busca por vida além da Terra.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)