
São Paulo — InkDesign News — A NASA avança em suas missões de exploração espacial com o desenvolvimento do Assistente Digital de Medicina da Tripulação (CMO-DA), uma ferramenta de inteligência artificial projetada para diagnosticar e tratar astronautas em missões de longa duração para a Lua e Marte.
Detalhes da missão
A iniciativa tem o objetivo de tornar os cuidados médicos no espaço mais independentes da Terra, especialmente em missões que possam ter comunicações interrompidas. O CMO-DA foi testado em três cenários médicos, incluindo lesões no tornozelo e dores abdominais. Em avaliações feitas por médicos, os resultados mostraram uma precisão diagnóstica considerável, com 74% de acerto em dores abdominais, 80% para dores de ouvido e 88% para lesões no tornozelo.
A ferramenta não só poderia melhorar a saúde dos astronautas no espaço, “mas as lições aprendidas com esta ferramenta também poderiam ter aplicabilidade em outras áreas da saúde”.
(“but the lessons learned from this tool could also have applicability to other areas of health.”)— David Cruley, Engenheiro de Clientes, Google
Orçamento e cronograma
O projeto está sendo realizado sob um acordo de assinatura de preço fixo com o Google, que cobre os custos com serviços em nuvem e a infraestrutura de desenvolvimento do aplicativo. A NASA mantém a propriedade do código-fonte e contribui para o aprimoramento dos modelos. O Google Vertex AI fornece acesso a modelos tanto da Google quanto de terceiros, facilitando a adaptação da ferramenta às necessidades do espaço.
Resultados científicos
A NASA planeja expandir a base de dados utilizada pelo CMO-DA, incorporando dispositivos médicos e aprimorando sua capacidade de “estar ciente da situação”, ou seja, adaptar-se às condições específicas da medicina espacial, como a microgravidade. Isso representa um avanço significativo na preparação para missões a longas distâncias, onde o suporte médico tradicional não está disponível.
A equipe científica da NASA está esperando adicionar mais fontes de dados e treinar o modelo para que seja “situacionalmente consciente”.
(“the model to be situationally aware”)— NASA, Cientistas da Missão
Nos próximos passos, a validação do modelo em órbita poderá levar à sua utilização em ambientes médicos na Terra. Este avanço pode revolucionar os cuidados de saúde, especialmente em cenários onde a assistência médica é limitada.
Fonte: (TechCrunch – Space & Exploração)