
São Paulo — InkDesign News — Aoss pesquisadores de todo o mundo, a missão da NASA com a sonda Juno revelou, pela primeira vez, a detecção clara das auroras na lua Callisto de Júpiter. O feito é uma importante contribuição para a compreensão do sistema joviano, ocorrendo em setembro de 2019 durante uma operação coordenada.
Detalhes da missão
O Juno é um orbiter da NASA que está em missão ao redor de Júpiter desde 2016. Com uma carga útil composta por diversos instrumentos científicos, a sonda tem como objetivo principal investigar a atmosfera do gigante gasoso e o comportamento do seu campo magnético. A detecção das auroras de Callisto marcou a conclusão das assinaturas aurorais para as quatro luas galileanas conhecidas: Io, Europa, Ganymede e Callisto.
Tecnologia e objetivos
Equipado com instrumentos sofisticados, o Juno foi projetado para realizar medições em múltiplos comprimentos de onda do espectro eletromagnético. A equipe de pesquisa destacou que “Júpiter apresenta emissões aurorais multicomprimento de onda peculiares resultantes das interações eletromagnéticas de Io, Europa e Ganymede com o fluxo de plasma magnetosférico.”
(“Jupiter exhibits peculiar multiwavelength auroral emissions resulting from the electromagnetic interactions of Io, Europa, and Ganymede with the magnetospheric plasma flow.”)— Pesquisadores da missão Juno
Com as condições favoráveis, a aurora de Callisto foi observada claramente, algo que havia sido um desafio devido à sua intensidade fraca em comparação com a aurora de Júpiter.
Próximos passos
Os estudos continuarão com o Juno, que será complementado por outras missões. A expectativa é que a nave Europa Clipper da NASA chegue a Júpiter em 2030, e a sonda JUICE (Jupiter Icy Moons Explorer) da Agência Espacial Europeia deverá chegar no ano seguinte. A equipe de Juno expressou que “isso permitirá a caracterização precisa das interações da magnetosfera de Callisto.”
(“This allowed the auroral footprints of the four Galilean moons to be revealed in a single observation by Juno, enabling the precise characterization in UV, radio, plasma, and waves of the high-latitude signatures of the Callisto-magnetosphere interactions.”)— Pesquisadores da missão Juno
A descoberta das auroras em Callisto não apenas amplia o entendimento das interações magnéticas em sistemas planetários, mas também marca um avanço significativo na exploração espacial, promovendo novos questionamentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)