
São Paulo — InkDesign News — Um novo estudo revela indícios negligenciados de atividade geológica em Vênus, sugerindo que a superfície do planeta ainda está em mudança. Essas evidências foram encontradas em enormes estruturas circulares conhecidas como “coronae”.
Detalhes da missão
A investigação envolveu a análise de 75 coronae em Vênus, com 52 delas apresentando sinais de processos subterrâneos ainda ativos. Os pesquisadores utilizaram dados de gravidade e topografia coletados pela sonda Magellan, que mapearam o planeta na década de 1990. A equipe construiu um modelo 3D para simular o fluxo de material quente dentro do planeta, permitindo a comparação com dados de gravidade e topografia.
Tecnologia e objetivos
Dentre as inovações, o estudo utilizou medições de gravidade que revelam a densidade do material sob a superfície, o que é fundamental para identificar plumas quentes. “Esses dados nos ajudaram a detectar plumas ocultas de material quente que se elevam do interior profundo de Vênus, algo que os mapas de superfície não conseguiram perceber”, disse Gael Cascioli, autor principal do estudo.
“Coronae não são encontradas hoje na Terra; no entanto, podem ter existido quando nosso planeta era jovem e antes que a tectônica de placas fosse estabelecida.
(“Coronae are not found on Earth today; however, they may have existed when our planet was young and before plate tectonics had been established.”)— Gael Cascioli, Cientista Pesquisador Assistente, Universidade de Maryland
Próximos passos
A missão VERITAS, prevista para ser lançada em 2031, planeja mapear a gravidade de Vênus com uma resolução que pode dobrar ou quadruplicar os dados existentes. Suzanne Smrekar, coautora do estudo, destacou a importância desses futuros dados: “Os mapas de gravidade do VERITAS podem revolucionar nossa compreensão da geologia de Vênus e suas implicações para a Terra primitiva.”
O trabalho sobre as coronae em Vênus destaca um cenário geológico ativo e complexo, permitindo a pesquisadores investigar a tectônica em planetas sem limites de placas semelhantes à Terra. Essa pesquisa contribui ainda para a compreensão do passado dinâmico da Terra.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)