
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos descobriram que a galáxia JADES-GS-z11-0, observada pelo Telescópio Espacial James Webb, contém níveis surpreendentes de oxigênio, revelando que o cosmos já era rico em elementos essenciais para a vida cerca de 400 milhões de anos após o Big Bang.
Detalhes da missão
JADES-GS-z11-0 foi identificada inicialmente em um levantamento realizado pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), que explora as galáxias mais profundas e antigas já conhecidas. A galáxia foi datada para existir a cerca de 400 milhões de anos após o Big Bang, um marco significativo na compreensão da formação galáctica. Este projeto inclui uma série de observações que vão além da detecção primária, visando refinar os dados sobre a formação e a evolução de galáxias primordiais.
Tecnologia e objetivos
Os dados novos foram obtidos através do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), uma rede de 66 telescópios interligados que oferece resolução superior à do JWST. Essa tecnologia permite a análise detalhada das nuvens de gás dentro de JADES-GS-z11-0. O estudo revelou que a galáxia possui até 30% do oxigênio de uma galáxia moderna plenamente desenvolvida, desafiando as noções atuais sobre a formação de elementos no universo. “Os astrônomos detectaram uma impressão digital espectral de oxigênio nas nuvens gasosas da galáxia. E não apenas um pouco — esta galáxia abriga até 30% do oxigênio de uma galáxia totalmente desenvolvida e moderna,” afirmou um dos pesquisadores.
Próximos passos
A pesquisa sobre JADES-GS-z11-0 está em andamento, com planos para mais observações que buscam entender melhor a composição química e a dinâmica de formação estelar da galáxia. A descoberta de altos níveis de oxigênio levanta questões intrigantes sobre como e quando a vida poderia ter surgido no universo. “Ter tanto oxigênio exige a presença de carbono, silício e de todos os outros elementos necessários para a vida. Quais planetas poderiam ter se desenvolvido nessa galáxia jovem e o que poderia ter surgido neles? Contudo, pesquisas adicionais são necessárias para responder a essas perguntas,” disse um dos co-autores do estudo.
Esta descoberta não apenas enriquece nosso entendimento sobre a evolução das galáxias, mas também apresenta novas possibilidades sobre a origem da vida no cosmos. A evidência de uma galáxia rica em oxigênio em tal período precoce da história universal abre um leque de investigações futuras na exploração espacial e na astrobiologia.
Fonte: Space.com – Space & Exploração