
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos da Universidade de Minnesota identificaram um novo tipo de onda de plasma em Júpiter, graças a medições da sonda Juno, que está em órbita do planeta desde 2016. Este achado pode aprimorar nossa compreensão dos fenômenos atmosféricos e dos campos magnéticos em todo o sistema solar.
Detalhes da missão
A sonda Juno da NASA foi lançada em agosto de 2011, completando sua viagem até Júpiter e entrando em órbita em julho de 2016. O objetivo principal da missão é investigar a composição, a gravidade e o campo magnético do maior planeta do nosso sistema solar. As órbitas de Juno são planejadas para minimizar a exposição à intensa radiação do planeta e permitir que instrumentos científicos realizem medições detalhadas.
Tecnologia e objetivos
O instrumento Waves a bordo da Juno está projetado para “ouvir” sinais eletromagnéticos produzidos por partículas carregadas no plasma que interagem com o campo magnético jupiteriano. “O James Webb Space Telescope nos deu algumas imagens em infravermelho da aurora, mas Juno é a primeira sonda em uma órbita polar ao redor de Júpiter”, disse Ali Sulaiman, professor assistente de física e astronomia. “Essas medições nos permitiram descobrir que a densidade de plasma no ambiente polar de Júpiter é tão baixa que as ondas vibram em frequências incomuns.”
(“The James Webb Space Telescope has given us some infrared images of the aurora, but Juno is the first spacecraft in a polar orbit around Jupiter.”)— Ali Sulaiman, Professor Assistente, Universidade de Minnesota
Próximos passos
A equipe planeja continuar a análise dos dados da Juno nas próximas órbitas, o que poderá revelar mais detalhes sobre como o plasma se comporta sob condições extremas. Compreender essas dinâmicas poderá lançar luz sobre a proteção que os planetas recebem das radiações emitidas por suas estrelas. “Embora tais condições não existam na Terra, acreditamos que possam ser comuns em planetas externos do nosso sistema solar”, afirma Robert Lysak, professor de física e astronomia, co-líder do estudo. “As ondas de plasma semelhantes podem existir em estrelas fortemente magnetizadas”.
(“While such conditions do not exist on Earth, scientists believe they may be common on the outer planets of our solar system or even on massive exoplanets orbiting other stars.”)— Robert Lysak, Professor, Universidade de Minnesota
O impacto desta pesquisa no avanço da exploração espacial e no conhecimento humano é significativo. O entendimento das interações plasma-magnetismo em Júpiter não apenas amplia nossa compreensão das auroras alienígenas, mas também tem implicações para a proteção da Terra e de outros planetas contra radiações estelares.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)