
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos revelaram a descoberta de mais de uma dúzia de galáxias “dormantes” que interromperam a formação de estrelas durante o primeiro bilhão de anos após o Big Bang, utilizando dados do telescópio espacial James Webb.
Detalhes da missão
A descoberta foi realizada com observações do James Webb Space Telescope (JWST), ampliando o conhecimento acerca das fases iniciais da evolução galáctica. Até agora, apenas quatro galáxias dormantes foram identificadas nesse período, todas apresentando características únicas em relação à sua massa e comportamento de formação estelar. As galáxias agora descobertas variam entre 40 milhões e 30 bilhões de massas solares e estiveram inativas por um período assinalado de 10 a 25 milhões de anos.
Tecnologia e objetivos
O JWST, com seu instrumento NIRSpec, apresentou capacidade sem precedentes para detectar a luz de galáxias em comprimentos de onda infravermelhos, o que foi essencial para identificar essas galáxias dormantes. Segundo
“O primeiro achado de uma galáxia dormante no universo primitivo foi um choque”,
(“The first discovery of a dormant galaxy in the early universe was such a shock”)— Alba Covelo Paz, Doutoranda, Universidade de Genebra
a equipe buscou intervenções como supernovas e ventos estelares, que poderiam interromper temporariamente a formação de novas estrelas.
Próximos passos
Os pesquisadores planejam utilizar o programa “Sleeping Beauties”, dedicado ao estudo de galáxias adormecidas, para investigar a duração desse estado inativo e compreender melhor os mecanismos de formação estelar. A colaboração entre instituições internacionais estabelecerá um cronograma de observações futuras, facilitando a coleta de dados que possam transformar nossa compreensão sobre o nascimento e a evolução das galáxias. Segundo Paz, “há muitos desconhecidos para nós, mas estamos um passo mais perto de desvendar esse processo”.
Essa pesquisa amplia o conhecimento científico acerca da evolução das galáxias e ilumina a transição de períodos de intensa atividade a estados de inatividade, desafiando suposições anteriores sobre a formação de estrelas no universo primitivo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)