
São Paulo — InkDesign News — O Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, recentemente fez uma descoberta significativa ao identificar uma galáxia que existiu apenas 280 milhões de anos após o Big Bang, estabelecendo um novo recorde para a galáxia mais antiga e distante observada até o momento.
Detalhes da missão
Desde que começou a enviar dados à Terra no verão de 2022, o JWST se destacou na detecção de galáxias em chamados “altos redshift”. A galáxia agora conhecida como “MoM z14” foi observada em um nível de redshift de 14,44, superando a galáxia anterior no título, JADES-GS-z14-0, que registrou um redshift de 14,32. A descoberta é considerada não apenas um feito científico, mas um “milagre cósmico”, conforme descrito por membros da equipe de pesquisa.
Tecnologia e objetivos
Equipado com sofisticados instrumentos que permitem a observação das primeiras galáxias formadas, o JWST utiliza a extensão e deslocamento do comprimento de onda da luz, um fenômeno conhecido como redshift, para analisar objetos cosmológicos em distâncias extremas. O professor de Astronomia e Física da Universidade de Yale, Pieter van Dokkum, enfatizou que “este é o objeto mais distante conhecido da humanidade. Esse título muda ocasionalmente, mas é sempre motivo de pausa e reflexão.” A equipe conseguiu detectar a presença de elementos como nitrogênio e carbono em MoM z14, indicando que se trata de uma galáxia muito jovem e em rápida formação estelar.
Próximos passos
Com o JWST continuando a ultrapassar limites, os pesquisadores estão ansiosos para explorar ainda mais o universo primitivo. Van Dokkum expressou sua confiança de que o telescópio pode detectar galáxias ainda mais antigas, talvez em redshifts de 15 ou 16. O conhecimento sobre a evolução das galáxias e a formação de estrelas está se expandindo rapidamente, e novas colaborações e investigações estão em andamento. “Enquanto esperávamos alguns objetos muito antigos, não acredito que nenhum de nós esperava quebrar o recorde de redshift!”
A descoberta de MoM z14 não apenas marca um novo capítulo na astronomia, mas também contribui para o nosso entendimento da formação e evolução do cosmos. À medida que novas galáxias forem descobertas, a capacidade humana de explorar e compreender o universo continua a se expandir.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)