
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos descobriram o “elo perdido” que conecta a morte de estrelas semelhantes ao Sol ao nascimento de remanescentes estelares brancos, na forma de uma “anêmona vampira” branca chamada Gaia22ayj, situada a cerca de 8.150 anos-luz da Terra.
Detalhes da missão
O objeto Gaia22ayj chamou a atenção dos astrônomos devido ao seu sinal pulsante e rápido, levando a uma classificação inicial como um “sistema binário de duas anãs brancas desconectadas” — duas estrelas anãs brancas orbitando uma à outra. No entanto, observações subsequentes revelaram que se trata de uma anã branca que está absorvendo plasma estelar de uma estrela companheira. Esta fase da vida desse sistema é rara e efêmera, durando apenas cerca de 40 milhões de anos, uma fração mínima em comparação com a vida útil de estrelas como o Sol.
Tecnologia e objetivos
A equipe que fez a descoberta observou Gaia22ayj utilizando o Zwicky Transient Facility (ZTF) no Observatório Palomar, na Califórnia. Este telescópio permitiu a varredura do céu noturno do Hemisfério Norte em busca de “transientes” — corpos astronômicos que sofrem mudanças rápidas. Os dados coletados indicaram que Gaia22ayj apresenta um campo magnético forte e uma rotação rápida, semelhante a um pulsar, mas a transferência de massa vampírica entre a anã branca e sua companheira é um fenômeno raro.
“Esta foi a primeira estrela que vimos que está bem no meio de sua fase ‘adolescente’, quando já estabeleceu um campo magnético forte e está começando a canalizar matéria da estrela companheira para si mesma”,
(“We have never before caught a system in the act of spinning so rapidly but also slowing down dramatically, all while gaining mass from its companion.”)— Tony Rodriguez, Estudante de Pós-graduação, Caltech
Próximos passos
O próximo objetivo da equipe envolve a coleta de mais dados e a realização de colaborações com outros observatórios para aprofundar o entendimento sobre o comportamento de sistemas como Gaia22ayj. Além de explorar a relação entre anãs brancas e suas companheiras, a pesquisa poderá lançar luz sobre a evolução das estrelas em geral e as transições pelas quais elas passam.
“Os dados foram fundamentais para evidenciar que este sistema tinha um campo magnético forte e estava canalizando matéria para a anã branca”,
(“The data taken at the W. M. Keck Observatory provided firm evidence that this system had a strong magnetic field and was funneling matter onto the white dwarf.”)— Tony Rodriguez, Estudante de Pós-graduação, Caltech
Este avanço não apenas enriquece o conhecimento atual sobre a vida das estrelas, mas também marca um passo significativo na exploração espacial, ajudando a desvendar os complexos ciclos de vida estelar e suas implicações para a compreensão da cosmologia e da evolução galáctica.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)