
São Paulo — InkDesign News — Um novo estudo sugere que a ideia de terraformar Marte, transformando seu clima para suportar formas de vida, deve ser considerada seriamente, à medida que novas tecnologias tornam essa possibilidade mais viável do que nunca.
Detalhes da missão
O estudo, publicado na revista Nature Astronomy, propõe um plano em três fases para a transformação do Planeta Vermelho. A primeira fase envolve aquecer a superfície marciânica em pelo menos 30 graus Celsius, utilizando técnicas de engenharia climática abiótica. Isso seria suficiente para derreter o gelo subsuperficial e liberar o dióxido de carbono aprisionado, permitindo uma atmosfera mais densa.
Na segunda fase, seriam introduzidos micróbios extremófilos, geneticamente modificados para suportar as durezas de Marte e iniciar uma sucessão ecológica. Esses organismos começariam a produzir oxigênio e matéria orgânica, alterando lentamente a química do planeta.
A terceira fase, a mais longa, visa construir um biossistema complexo, aumentando a pressão atmosférica e a quantidade de oxigênio, para eventualmente apoiar formas de vegetação mais avançadas.
Tecnologia e objetivos
A proposta se baseia em tecnologias emergentes, como as usadas pelo foguete Starship da SpaceX e avanços em biotecnologia.
“Trinta anos atrás, terraformar Marte não era apenas difícil — era impossível,” disse Erika DeBenedictis, CEO da Pioneer Labs e autora principal do estudo.
“Mas novas tecnologias agora tornaram isso uma possibilidade real.”
(“But new technology like SpaceX’s Starship and synthetic biology have now made it a real possibility.”)— Erika DeBenedictis, CEO, Pioneer Labs
Próximos passos
Os autores do estudo destacam a importância de um progresso simultâneo em várias frentes. “Responder à pergunta de quando e como começar a tornar outros mundos habitáveis requer uma clara compreensão dos custos e benefícios,” afirmou Edwin Kite, professor associado da Universidade de Chicago.
“O que é Marte feito? Existem vestígios de vida?”
(“What is Mars made out of? Are there traces of life?”)— Edwin Kite, Professor Associado, Universidade de Chicago
As missões futuras, incluindo a missão de retorno de amostras do Marte da NASA, permitirão estudar o planeta com mais detalhes e realizar experimentos em pequena escala para reduzir os riscos associados às estratégias de terraformação. As missões de superfície programadas para 2028 e 2031 devem incluir esses testes.
O avanço contínuo na pesquisa sobre Marte não apenas amplia nosso entendimento sobre o sistema solar, mas também oferece insights sobre a preservação da vida na Terra. A determinação de como podemos explorar e potencialmente habitar outros planetas é um passo significativo no caminho da humanidade emara e além.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)