
São Paulo — InkDesign News — Cientistas do Centro de Pesquisa Solar-Terrestre da NJIT revelaram visões sem precedentes da coroa solar através de um sistema de ótica adaptativa, permitindo a observação de fenômenos como chuva coronal e um fluxo de plasma inédito.
Detalhes da missão
As observações ocorreram no Telescópio Solar Goode, em Big Bear, Califórnia. Utilizando a tecnologia de ótica adaptativa chamada Cona, pesquisadores capturaram imagens da coroa solar com uma resolução de 63 quilômetros. Este sistema elimina as distorções causadas pela turbulência atmosférica da Terra, permitindo um novo nível de detalhamento.
Tecnologia e objetivos
O sistema Cona aprimora significativamente a visualização da coroa, tornando possível observar detalhes como as finas correntes de plasma. Um dos achados mais impactantes foi a identificação de uma estrutura de plasma chamada ‘plasmoid’, que se desloca a cerca de 100 quilômetros por segundo. Conforme destacou Vasyl Yurchyshyn, coautor do estudo, “Essas são, de longe, as observações mais detalhadas desse tipo, mostrando características que não haviam sido observadas anteriormente”
Essas são, de longe, as observações mais detalhadas desse tipo, mostrando características que não haviam sido observadas anteriormente.
(“These are by far the most detailed observations of this kind, showing features not previously observed.”)— Vasyl Yurchyshyn, Coautor do estudo
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Além disso, a observação da chuva coronal, que se forma quando plasma quente resfria e condensa, fornece informações valiosas sobre a dinâmica da coroa e a interação do plasma com o campo magnético solar.
Próximos passos
Os cientistas planejam aplicar essa tecnologia em telescópios ainda maiores, como o Daniel K. Inouye Solar Telescope, no Havai. Tal avanço promete oferecer um olhar ainda mais próximo sobre as camadas externas do Sol. Thomas Rimmele, Chief Technologist da National Solar Observatory, ressalta que “o novo sistema de ótica adaptativa fecha a lacuna de décadas e oferece imagens de características coronais”
O novo sistema de ótica adaptativa fecha a lacuna de décadas e oferece imagens de características coronais.
(“The new coronal adaptive optics system closes this decades-old gap and delivers images of coronal features.”)— Thomas Rimmele, Chief Technologist, National Solar Observatory
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Essas novas observações não apenas embelezam a pesquisa solar, mas também ajudam a resolver o enigma de porque a coroa é milhões de graus mais quente que a superfície solar, contribuindo significativamente para o conhecimento humano sobre os fenômenos solares e suas implicações para a tecnologia na Terra.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)