NASA captura imagens detalhadas do cometa interestelar 3I/ATLAS

São Paulo — InkDesign News — Um novo estudo, utilizando imagens do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, revelou detalhes fascinantes sobre o núcleo do cometa 3I/ATLAS. Essa pesquisa melhorou a estimativa de seu tamanho, oferecendo novas perspectivas sobre este objeto interestelar.
Contexto da descoberta
Descoberto em 1º de julho de 2025, pelo sistema de alerta do Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS), 3I/ATLAS possui a órbita mais dinâmica registrada entre todos os objetos conhecidos no Sistema Solar. Os novos dados do Hubble revelaram que o núcleo sólido do cometa mede entre 320 metros e 5,6 quilômetros de diâmetro.
Métodos e resultados
As observações do Hubble permitiram uma estimativa mais precisa do núcleo gelado do cometa, mesmo sem a capacidade de observar diretamente sua parte sólida. Segundo o astrônomo David Jewitt da Universidade da Califórnia, em Los Angeles:
A limitação superior no diâmetro do núcleo é de 5,6 km, embora ele possa ter apenas 320 m de largura
(“The upper limit on the diameter of the nucleus is 5.6 km, though it could be as small as 320 m across.”)— David Jewitt, Astrônomo, UCLA
O Hubble também registrou uma pluma de poeira e evidências de uma cauda de poeira se afastando. A taxa de perda de poeira do cometa está alinhada com o comportamento observado em cometas que são detectados a cerca de 480 milhões de km do Sol, reforçando a ideia de que ele compartilha características de cometas semelhantes do Sistema Solar.
Implicações e próximos passos
A velocidade do 3I/ATLAS, que alcança impressionantes 209.000 km/h, é a maior registrada para um visitante do Sistema Solar, o que indica que este cometa tem vagado pelo espaço interestelar por bilhões de anos. Dr. Jewitt comenta sobre a origem do cometa:
Ninguém sabe de onde veio o cometa. É como vislumbrar uma bala de rifle por um milésimo de segundo
(“No one knows where the comet came from. It’s like glimpsing a rifle bullet for a thousandth of a second.”)— David Jewitt, Astrônomo, UCLA
As pesquisas vão progredir com a ajuda de outros satélites da NASA, como Webb e TESS, que ajudarão a refinar a compreensão do cometa e seu makeup químico.
Esses avanços ressaltam não apenas o poder das novas tecnologias de observação, mas também a crescente possibilidade de descobrirmos uma população ainda não identificada de objetos interestelares. A pesquisa e os dados adicionais obtidos poderão ter implicações significativas para o entendimento dos cometas e a formação de sistemas planetários.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)