
São Paulo — InkDesign News — Um fenômeno geomagnético, conhecido como “cannibal CME” (ejeção de massa coronal canibal), atingiu o campo magnético da Terra por volta das 17h EDT (21h GMT) no dia 1º de setembro, provocando uma tempestade geomagnética que iluminou os céus da Europa e América do Norte.
Detalhes da missão
A tempestade atingiu níveis G2 (moderada) de acordo com o U.K. Met Office e o Centro de Previsão de Tempo Espacial da NOAA (NOAA’s Space Weather Prediction Center). Embora previsões iniciais indicassem a possibilidade de um evento mais intenso, os observadores ainda registraram auroras impressionantes. A tempestade resultou de uma ejeção de massa coronal que absorveu outra enquanto se dirigia à Terra, criando uma perturbação magnética mais complexa e poderosa.
Tecnologia e objetivos
Os profissionais monitoraram o aumento da velocidade do vento solar, que superou 670 km/s, e a intensidade do campo magnético interplanetário, que variou entre 20 e 26 nanoteslas. Esses parâmetros são cruciais para entender como a energia se acopla na magnetosfera da Terra. No entanto, a orientação magnética Bz manteve-se predominantemente no hemisfério norte, limitando a energia que poderia ser absorvida pela magnetosfera. “Como suspeitávamos, a #solarstorm fez uma entrada forte, mas está orientada na direção errada”, escreveu a física solar Tamitha Skov em um post na plataforma X.
“Embora a orientação Bz prolongada tenha mantido a tempestade na faixa G1–G2, uma quantidade substancial de energia ainda estava circulando na magnetosfera.”
(“Even so, bursts of activity gave skywatchers in northern Europe, Canada, and parts of the northern United States a chance to witness the aurora.”)— Tamitha Skov, Física Solar
Próximos passos
Embora essa tempestade não tenha correspondido totalmente às expectativas, as observações em várias localidades como Ilhas Orcadas e Norte da América mostraram auroras vibrantes em cores que variavam entre verdes e roxos. Olhando para o futuro, pesquisadores e astrônomos se concentram em colaborações com outras agências para monitorar novas tempestades solares e aprimorar previsões sobre a dinâmica do vento solar.
“As auroras estão de volta, e estamos ansiosos por mais eventos no horizonte”, acrescentou a astrônoma especialista em clima espacial Sara Housseal.
“Labor Day acabou com uma exibição auroral aqui em Sistersville, WV, com a aurora baixa no horizonte com belos tons pastéis.”
(“Labor Day ended with an auroral display here in Sistersville, WV.”)— Greg Gage, Observador de Auroras
O impacto das tempestades solares na exploração espacial e no entendimento do clima espacial é significativo, pois pode influenciar operações em satélites e comunicações. O avanço contínuo neste campo contribui para o conhecimento humano sobre fenômenos naturais e suas implicações na Terra.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)