
São Paulo — InkDesign News — Cientistas estão desvendando os mistérios das tempestades solares, um fenômeno cósmico que impacta diretamente na tecnologia da Terra. Uma das maiores barreiras para previsões mais precisas é a incapacidade de determinar a orientação do campo magnético das erupções solares com antecedência suficiente.
Detalhes da missão
Atualmente, a previsão de eventos de clima espacial tem se aprimorado, com a capacidade de identificar erupções solares e rastrear sua velocidade. Contudo, os cientistas, incluindo Valentín Martínez Pillet, do Instituto de Astrofísica de Canárias, enfatizam que a compreensão do componente Bz — que pode ser orientado para o norte ou para o sul — é crucial. Esta informação, que indica como a tempestade solar interagirá com o campo magnético da Terra, só está disponível uma ou duas horas antes da tempestade atingir.
Tecnologia e objetivos
Instrumentos como o Deep Space Climate Observatory (DSCOVR) e missões como a NASA’s ACE monitoram as propriedades do vento solar, mas a falta de dados em diferentes pontos de vantage, principalmente nos pontos de Lagrange além do L1, impede previsões mais precisas. “Nós precisamos começar a prever o que o Bz vai ser assim que o CME ocorrer”, disse Martínez Pillet. A previsão precisa do Bz pode ajudar a mitigar os impactos das tempestades solares, que têm potencial para afetar sistemas de energia, satélites e comunicação.
Próximos passos
Um avanço esperado é a missão Vigil, planejada para ser lançada em 2031, que será posicionada no Lagrange Point 5 (L5). Essa nova perspectiva permitirá a monitorização de erupções solares de um ângulo lateral, proporcionando dados críticos sobre a forma e a velocidade das erupções, além da orientação magnética. “Realmente quero ver como vamos começar a incorporar dados de diferentes pontos de vista nas previsões”, afirma Martínez Pillet.
O aumento da dependência tecnológica torna a sociedade mais vulnerável às tempestades solares. A comunidade científica prevê que, sem intervenções, o avanço das previsões pode demorar até cinquenta anos. No entanto, especialistas alertam que “extremos eventos solares podem causar danos trilionários em um mundo altamente conectado.”
Em um futuro não tão distante, esses desenvolvimentos podem proveitar um progresso significativo na exploração espacial e na ampliação do nosso entendimento sobre as condições do clima espacial.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)