Uma nova pesquisa em machine learning desenvolvida pela Universidade Politécnica de Hong Kong introduz uma abordagem inovadora para medir a empatia a partir de vídeos, destacando o potencial da inteligência artificial na avaliação de características humanas.
Contexto da pesquisa
A empatia, definida como a capacidade de compreender e conectar-se emocionalmente com outros, é valorizada em diversas esferas, especialmente no ambiente corporativo. Apesar de métodos tradicionais, como o Índice de Reatividade Interpessoal (IRI) e o Questionário de Empatia de Toronto (TEQ), dependerem de autoavaliações e questionários, a demanda por abordagens mais objetivas motivou a equipe de pesquisadores a explorar métodos alternativos de avaliação.
Método proposto
O modelo proposto utiliza algoritmos de machine learning para analisar gravações de vídeo de interações, como entrevistas entre CEOs e jornalistas. A equipe desenvolveu um framework que captura sinais comportamentais sutis, utilizando pares de perguntas e respostas (QA) durante as entrevistas para inferir a mimetização emocional como um proxy da empatia. Os resultados são então validados por meio de condições reais para garantir a acurácia da análise.
“Desenvolvemos um framework de machine learning que infere a mimetização emocional de pares de QA em entrevistas com CEOs e o utiliza como um proxy para empatia”
(“We developed a machine learning framework that infers emotion mimicry from CEO interview QA pairs and uses it as a proxy for empathy.”)— Li Cui, Pesquisador, Universidade Politécnica de Hong Kong
Resultados e impacto
Os resultados preliminares indicam que CEOs com níveis mais elevados de empatia estão associados a políticas corporativas mais sociais, com evidências apontando para uma relação entre empatia, gestão de crises e valorização de empresas. A equipe notou que líderes empáticos tendem a implementar políticas mais equitativas e reduzir taxas de acidentes no local de trabalho.
“Usando essa medida, encontramos que CEOs mais empáticos estão associados a políticas corporativas mais prosociais”
(“Using this measure, we find that more empathetic CEOs are associated with more prosocial corporate policies.”)— Li Cui, Pesquisador, Universidade Politécnica de Hong Kong
As próximas etapas incluem a aplicação do framework em um conjunto mais amplo de contextos, como clipes de redes sociais e comunicações executivas informais. Além disso, a equipe pretende reduzir qualquer viés potencial na interpretação de sinais não verbais e ampliar o escopo para avaliar outros traços humanos, como assertividade e confiabilidade.
Fonte: (TechXplore – Machine Learning & AI)
