
Brasília — InkDesign News — O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reafirmou nesta sexta-feira (25), durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que o tarifaço anunciado pelos Estados Unidos não resultará em ações retaliatórias do ministério contra a propriedade intelectual. Ele enfatizou a importância do diálogo e da negociação, ao invés de reações impulsivas aos comentários do presidente Donald Trump.
Contexto e objetivos
O atual cenário de tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, evidenciado pelo tarifaço, levanta preocupações sobre os impactos nas áreas de saúde e biotecnologia. O ministro Padilha afirmou que a postura do Brasil será de resistência às pressões externas, mantendo o comprometimento com a negociação e a parceria público-privada. O foco do ministério será a promoção de investimentos nacionais e a proteção da propriedade intelectual no setor.
Metodologia e resultados
Padilha destacou que, caso o tarifaço se concretize no próximo mês de agosto, a saúde pública poderá ser negativamente atingida, embora notou que o Brasil se tornou menos dependente de insumos estrangeiros nos últimos anos. Ele afirmou que “qualquer coisa que vá contra o livre comércio, contra o ambiente de produção, o ambiente de cooperação, afeta a saúde”
“Any measure against free trade, against the production environment, affects health.”
(“Qualquer coisa que vá contra o livre comércio, contra o ambiente de produção, afeta a saúde.”)— Alexandre Padilha, Ministro da Saúde
. A estratégia brasileira inclui o fortalecimento da produção nacional e a busca de acordos com países como China e Índia para incrementar a produção local de medicamentos.
Implicações para a saúde pública
As implicações do tarifaço nas relações comerciais podem comprometer o acesso a medicamentos e tecnologias necessárias para o Sistema Único de Saúde (SUS). O foco em aumentar a produção interna e reduzir a dependência externa é uma meta central para garantir a saúde pública no Brasil. A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressaltou a experiência acumulada durante a pandemia de COVID-19, onde a dependência externa ficou evidente. “Nós sentimos bem na pele o que significa a dependência”
“We felt acutely what dependency means.”
(“Nós sentimos bem na pele o que significa a dependência.”)— Luciana Santos, Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação
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O governo agora visa implementar um novo Centro de Competência em Tecnologias de RNA, com um investimento inicial de R$ 450 milhões, para garantir a soberania científica e a autonomia na produção de vacinas e terapias no Brasil.
Em resumo, as ações do ministério buscam não apenas mitigar os impactos do tarifaço, mas também garantir um futuro sustentável e independente para o setor de saúde brasileiro, reforçando a produção nacional e evitando a dependência de insumos externos.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)