Brasília — InkDesign News — A nova campanha de conscientização do Movimento VapeOFF da Fundação do Câncer alerta os jovens sobre os riscos do cigarro eletrônico, destacando os malefícios associados ao seu uso.
Contexto e objetivos
O uso de cigarros eletrônicos tem se tornado uma preocupação crescente entre as autoridades de saúde pública, especialmente com o aumento de consumidores na faixa etária de 15 a 24 anos. A campanha, com o slogan Bonito por fora, tóxico por dentro, visa desmascarar as falsas percepções de segurança e modernidade que cercam os vapes. A mobilização coincide com o Dia Mundial sem Tabaco e segue o tema da Organização Mundial da Saúde (OMS) para este ano: Desmascarando a indústria do tabaco.
Metodologia e resultados
Uma das principais ações da campanha é a Roleta que dá a real, que ocorreu no Posto 10 da Praia de Ipanema, um local estratégico de grande circulação de jovens. Promotoras abordaram o público para girar uma roleta e ganhar brindes, acompanhados de cards informativos sobre os riscos associados ao uso de vapes. De acordo com o Ministério da Saúde, 70% dos usuários de cigarros eletrônicos têm entre 15 e 24 anos, o que evidencia a necessidade urgente de intervenção.
“Precisamos unir esforços para proteger uma geração que está sendo enganada por embalagens bonitas e discursos perigosos. Essa campanha é um convite para olhar além da estética e enxergar os riscos que estão sendo maquiados em nome do lucro.”
(“We need to join forces to protect a generation that is being deceived by pretty packaging and dangerous rhetoric. This campaign is an invitation to look beyond aesthetics and see the risks that are being masked in the name of profit.”)— Milena Maciel de Carvalho, Consultora da Fundação do Câncer
Implicações para a saúde pública
A comercialização e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil desde 2009, mas o uso não regulamentado persiste, levantando sérias preocupações para a saúde pública. O epidemiologista André Szklo destaca que há um problema de fiscalização e aceitação social dos produtos contrabandeados, que, aparentando atratividade, visam seduzir adolescentes ao vício.
“O Brasil está conseguindo proteger a sua geração mais do que esses países. Se liberar a comercialização do vape, vai ter um aumento exponencial desse consumo.”
(“Brazil is managing to protect its youth more than these countries. If the sale of vapes is liberalized, there will be an exponential increase in this consumption.”)— André Szklo, Epidemiologista, Instituto Nacional de Câncer
Recentemente, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) anunciou que, para o triênio 2023/2025, foram estimados 32.560 novos casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão no Brasil, reforçando a urgência de ações que previnam o uso de substâncias tóxicas, como os vapes. Além disso, o estudo A Conta que a Indústria do Tabaco Não Conta, publicado pelo Inca, evidencia que para cada R$ 1 de lucro da indústria do tabaco, o governo federal gasta R$ 5 com doenças correlacionadas ao consumo de tabaco.
As recomendações para políticas públicas envolvem a continuidade das proibições, em conjunto com campanhas educativas que informem sobre os riscos reais dos produtos derivados do tabaco, visando proteger a saúde das futuras gerações.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)
