
Montenegro — InkDesign News — Após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil, quatro países anunciaram novas restrições à compra de frango brasileiro, somando agora dez mercados que impuseram algum tipo de bloqueio.
Panorama econômico
O cenário atual para as exportações de carne de aves do Brasil é marcado por incertezas e restrições decorrentes do surto de gripe aviária. A detecção do vírus no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, levou a Malásia, Singapura, Iraque e Bahrein a adotarem medidas que afetam diretamente as exportações brasileiras. Essas restrições ocorrem em um momento em que os mercados globais estão ainda se recuperando da pandemia, o que adiciona uma camada de complexidade à dinâmica econômica.
Indicadores e análises
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações de carne de aves do Brasil para os dez mercados afetados totalizaram mais de US$ 280 milhões (R$ 1,6 bilhão) apenas no mês de abril. Entre as nações que impuseram restrições, destacam-se a África do Sul, Argentina, Canadá, China e União Europeia, que implementaram suspensões totais. A expectativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é que as suspensões comerciais temporárias sejam revertidas em até 60 dias.
Impactos e previsões
A implementação dessas restrições pode ter impactos significativos na indústria avícola brasileira, uma vez que o país é um dos maiores exportadores de frango do mundo. Com o aumento do número de restrições, a capacidade das indústrias brasileiras de atender a demanda global poderá ser afetada, resultando potencialmente em uma redução das receitas. “As inspeções seguem em ritmo acelerado e quase todas as propriedades já foram vistoriadas”, assegurou uma fonte do Mapa.
“As ações previstas no plano de contingência estão sendo executadas com eficiência.”
(“The planned contingency actions are being implemented efficiently.”)— Fonte do Mapa
Além disso, outros países com acordos de regionalização, como Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, ainda não formalizaram contatos, mantendo as exportações liberadas. Estas decisões são vitais para a manutenção do fluxo comercial e para as previsões do setor.
Os desdobramentos nos próximos dias dependerão da rápida contenção do surto e da capacidade do governo em negociar com as nações restritivas, com possíveis medidas de mercado sendo esperadas para estabilizar as exportações.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)