
São Paulo — InkDesign News —
A Medium, sob a liderança do CEO Tony Stubblebine, anunciou que se tornou lucrativa pela primeira vez em agosto do ano passado, após uma série de iniciativas de reestruturação e cortes de custos, crucial para um potencial fundraising futuro.
Tamanho da rodada
Atualmente, a empresa está se reestruturando financeiramente, com uma dívida de $37 milhões em empréstimos e outros $225 milhões em preferências de liquidação. O desafio foi cortado para manter a operação em andamento e, segundo Stubblebine, a única saída foi “fazer a Medium lucrativa ou fechar”.
“A empresa estava perdendo $2,6 milhões por mês quando entrei em 2022.”
— Tony Stubblebine, CEO, Medium
A Medium viu sua base de membros cair de mais de 760.000, o que levou a uma reavaliação do seu modelo de negócios, que incluía uma assinatura única para todos os escritores. Assim, a empresa implementou o programa Boost e revisou os incentivos do Partner Program para estimular a produção de conteúdo de qualidade, em vez de se dispersar entre a produção amadora e conteúdos profissionais.
Valuation
Embora a Medium não tenha divulgado sua nova valuation após a reestruturação, fica claro que, com os cortes realizados — reduzindo a equipe de 250 para 77 funcionários e renegociando sua folha de pagamentos — a valuation anterior de $600 milhões foi severamente afetada.
“Não tenho ego sobre qual é a nossa valuation atual, mas também não vou mencioná-la porque não quero que seja usada como ponto de comparação com outras startups.”
— Tony Stubblebine, CEO, Medium
Após a lavagem financeira, a plataforma busca garantir maior clareza em sua governança, reduzindo a complexidade do ciclo de aprovação de investidores, que antes envolvia cinco tranches distintas. Agora, a intenção é facilitar decisões estratégicas com um único grupo de investidores.
Investidores
O processo de reestruturação exigiu que a Medium convertesse empréstimos em participação acionária, um movimento que Stubblebine hesitou, mas reconheceu como essencial. Seis entre aproximadamente 113 investidores participaram dessa recapitalização.
“A reestruturação exigiu um equilíbrio delicado. O negócio precisava parecer bom o suficiente para ser salvo, mas não tão bom a ponto de haver outras opções.”
— Tony Stubblebine, CEO, Medium
Nesse cenário conturbado, a empresa se despediu de aquisições e desfez locações de escritórios que impactavam severamente os custos operacionais. O objetivo é reverter os danos e posicionar a empresa para possíveis rodadas de investimento futuras.
Em suma, com a Medium implantando essas medidas rigorosas e ainda navegando em um ciclo de recuperação, os próximos passos envolverão a reafirmação da lucratividade sustentável e a exploração de parcerias estratégicas para novas fontes de capital.
Fonte: (TechCrunch – Venture & Fundraising)