
São Paulo — InkDesign News — As startups de inteligência artificial Manus, Genspark e Flowith estão rapidamente se destacando no cenário global, desafiando limites e redefinindo a maneira como interagimos com a tecnologia. A corrida por soluções inovadoras nesses campos tem atraído atenção e investimento em larga escala.
Contexto da pesquisa
A ascensão dessas empresas é impulsionada por uma ambição clara de expandir para mercados internacionais. Fundadas por empreendedores chineses, como indica a referência ao seu potencial global, essas startups respondem à necessidade de experiências mais integradas na interação com a inteligência artificial. O crescente interesse por soluções que não se limitam ao mercado interno reflete uma evolução na percepção sobre as capacidades tecnológicas da China. A MIT Technology Review reporta que a velocidade e a eficácia do desenvolvimento de novos produtos estão alinhadas com um mercado que busca inovação.
Método e resultados
Genspark, liderada por ex-executivos da Baidu, utiliza uma abordagem de “multi-component prompting”, permitindo que agentes alternem entre diversos modelos de linguagem. Essa capacidade é complementada por integrações diretas com ferramentas e APIs, demonstrando versatilidade na execução de tarefas variadas, desde a criação de apresentações até chamadas telefônicas. A Genspark reporta já mais de 5 milhões de usuários e uma receita anual superior a 36 milhões de dólares.
Por sua vez, a Flowith promove uma experiência única através de um “agente infinito”, onde cada consulta se transforma em um nó em um mapa de ramificação. Essa interface não linear melhora a interação com a inteligência artificial, permitindo que usuários construam “jardins de conhecimento” pessoais ou compartilháveis. O agente central, NEO, executa tarefas programadas, acarretando uma nova dinâmica nas interações com a IA.
Implicações e próximos passos
À medida que Manus, Genspark e Flowith buscam conquistar o mercado internacional, a tendência é que mais empresas se vejam incentivadas a inovar em modelos de negócios que transcendem as limitações regionais. Como destacou Xiao Hong, cofundador da Manus, “mesmo operando a 10% de nossa capacidade por causa de diferenças culturais no exterior, ainda assim ganharemos mais do que na China” (“Even if we’re only operating at 10% power because of cultural differences overseas, we’ll still make more than in China”). Esse tipo de estratégia poderá ser uma alavanca importante em um mercado saturado de soluções de IA.
Entretanto, os desafios permanecem. A ausência de grandes empresas de IA dos EUA no mercado chinês, devido a riscos geopolíticos e questões de conformidade regulatória, criou um ambiente propício para o surgimento de novos modelos locais. A Manus, por exemplo, utiliza o modelo Claude Sonnet da Anthropic, reconhecido por suas capacidades em interações multi-turno e gestão de contextos.
Com a contínua evolução do campo da inteligência artificial, as perspectivas para essas startups são promissoras, com um potencial considerável para transformar não apenas seus próprios modelos de negócios, mas também a forma como a tecnologia é adotada em escala global.
Fonte: (MIT Technology Review – Artificial Intelligence)