
São Paulo — InkDesign News — A ascensão da inteligência artificial (IA) e do machine learning está transformando setores tradicionais, como o esporte. Um exemplo recente é a substituição de juízes de linha por sistemas eletrônicos de chamada de linha no torneio de Wimbledon, gerando discussões sobre o impacto dessa tecnologia.
Contexto da pesquisa
A implementação de sistemas de chamada eletrônica (ELC) em eventos esportivos reflete uma tendência crescente em adotar a IA para aumentar a precisão e eficiência. A Wimbledon foi a última a adotar esta medida, seguindo os passos do Australian Open e do US Open. A tecnologia visa minimizar erros humanos em chamadas de linha.
Método proposto
O sistema ELC usa mais de 450 câmeras para analisar a posição da bola em tempo real, utilizando algoritmos de machine learning para processar os dados de maneira eficiente. Essa abordagem é comparável a redes neurais convolucionais (CNNs), que são amplamente usadas em tarefas de visão computacional. Os juízes de linha humanos, que estavam na competição há 148 anos, agora atuam como assistentes, monitorando a operação do sistema e prontos para intervir em caso de falhas.
Resultados e impacto
O feedback dos jogadores sobre o novo sistema tem sido misto. Alguns, como Frances Tiafoe, afirmaram que “a tecnologia não tem o espetáculo e a pompa do sistema antigo” (“the theater and ‘fanfare’ of the old system”). As métricas de acurácia do ELC têm demonstrado resultados superiores em comparação com decisões humanas, mas a falta de interação do público gerou uma sensação de vazio no torneio. Apesar dessas preocupações, a Wimbledon declarou a implementação do ELC como “muito bem-sucedida” na melhoria geral da experiência competitiva.
“A voz, eu não consigo ouvir muito bem, é um pouco baixa”
(“The voice, I cannot really hear it, it is a bit too low.”)— Yuan Yue, Jogadora, Wimbledon
Além das implicações imediatas no esporte, a transição para a ELC levanta questões sobre o futuro dos empregos humanos em setores afetados pela automação, refletindo um desafio maior frente ao avanço da inteligência artificial. Estudantes manifestaram preocupações sobre o impacto da IA em suas futuras carreiras, destacando a necessidade de um diálogo contínuo sobre como integrar a tecnologia sem sacrificar o emprego humano.
A situação em Wimbledon serve de alerta e exemplo para outras indústrias, mostrando que a adoção de IA deve vir acompanhada de considerações éticas e sociais, garantindo que a tradição e o impacto humano não sejam completamente apagados.
Fonte: (TechXplore – Machine Learning & AI)