
São Paulo — InkDesign News — O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou, na quinta-feira (22), da cerimônia de lançamento dos cursos de medicina e biomedicina da Faculdade Sírio-Libanês, em São Paulo. O evento contou ainda com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, do ministro da Educação, Camilo Santana, e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
Contexto político
A cerimônia aconteceu em meio à recente divulgação, pelo Ministério da Educação (MEC), de novas regras que proíbem a modalidade de ensino a distância (EAD) para os cursos de medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia. De acordo com as normas publicadas na quarta-feira (21), os cursos na área da saúde precisam ser realizados integralmente de forma presencial. O decreto visa garantir a qualidade na formação dos profissionais dessas áreas, seguindo uma agenda do governo federal de valorização do ensino presencial em cursos que demandam alta interação prática.
Reações e debates
Camilo Santana, ministro da Educação, destacou a importância das novas definições para o ensino superior, ressaltando que “nenhum curso na área da saúde pode ser feito à distância mais nesse país. E que os cursos de medicina e enfermagem precisam ser feitos 100% presenciais nesse país. Eu acho que é um ato importante para garantir qualidade na formação de profissionais.”
Medicina é contato com as pessoas, medicina é contato com o paciente. Não tem sentido ser à distância.
— Dr. Roberto Kalil, cardiologista do Sírio Libanês e apresentador do programa CNN Sinais Vitais
O Dr. Roberto Kalil, cardiologista do Sírio Libanês e apresentador do programa CNN Sinais Vitais, qualificou a criação dos cursos como um avanço significativo tanto para o hospital quanto para a população. Ele ressaltou que a medicina exige um contato direto e presencial com pacientes, reforçando a relevância do decreto do MEC para manter essa característica no ensino da área de saúde.
Desdobramentos e desafios
Com a implementação das novas regras, instituições de ensino que oferecem cursos das áreas contempladas pelo decreto precisarão ajustar seus formatos para o modelo presencial. Além disso, o movimento reforça a tendência de maior regulamentação e supervisão do MEC sobre as modalidades de ensino, especialmente nas profissões que exigem prática contínua e contato humano direto. O desafio para o governo e para as universidades será garantir a infraestrutura e qualidade necessárias para o cumprimento da legislação, além de monitorar os impactos dessa mudança sobre o acesso e a democratização do ensino superior.
O lançamento dos cursos no Sírio-Libanês simboliza um esforço do governo e das instituições de ensino em avançar na qualificação da formação profissional nas áreas de saúde, com foco na excelência e na segurança dos futuros profissionais.
Fonte: (CNN Brasil – Política)