
São Paulo — InkDesign News — O Telescópio Espacial James Webb (JWST) capturou imagens da nebulosa planetária NGC 6072, situada na constelação de Escorpião, revelando a complexidade dos processos de morte estelar e a formação do que um dia será uma anã branca.
Detalhes da missão
Localizada a cerca de 3.060 anos-luz da Terra, a nebulosa NGC 6072 é o resultado da morte de uma estrela semelhante ao Sol. Durante esse processo, a estrela expeliu até 80% de sua massa. Imagens obtidas por dois instrumentos do JWST — a câmera de infravermelho próximo (NIRCam) e o instrumento de infravermelho médio (MIRI) — mostram a nebulosa em diversas iluminações, destacando a atividade em seu núcleo.
Tecnologia e objetivos
O JWST utiliza tecnologia avançada para observar as emissões em infravermelho, permitindo revelar detalhes invisíveis em comprimentos de onda mais curtos. A NIRCam capturou imagens ricas em cores, que representam versões falsas do infravermelho, enfatizando as áreas de gás e poeira que compõem a nebulosa. Já o MIRI revelou anéis concêntricos ao redor do núcleo, que sugerem a presença de uma estrela companheira no processo de interação gravitacional.
“A direção variável das saídas de gás é resultado de interações gravitacionais entre a estrela central em morte e sua estrela companheira.
(“The changing direction of these outflows is a result of gravitational interactions between the dying central star and its companion star.”)— Astrônomos, Agência de Pesquisa Espacial
Próximos passos
A missão do JWST se concentra em aprofundar o conhecimento sobre a evolução estelar e a formação de nebulosas. O futuro da pesquisa inclui observar outros aspectos das interações entre estrelas e suas nebulosas, assim como entender melhor os ciclos de vida estelar em diferentes contextos galácticos.
“As imagens do JWST enfatizam a beleza e a singularidade das mortes estelares e preveem o futuro do nosso próprio Sol em bilhões de anos.
(“the JWST’s images emphasize just how beautiful and unusual the deaths of stars can be, and foretell the future of our own sun in about five billion years’ time.”)— Cientistas, NASA
As descobertas reveladas pelo JWST não apenas ampliam o conhecimento sobre a morte estelar, mas também instigam novas perguntas sobre a nossa própria galáxia e o destino do nosso sistema solar. Essas imagens podem oferecer um vislumbre do que espera nosso Sol em um futuro distante.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)