
São Paulo — InkDesign News — A JBS anunciou a geração de cerca de 2 mil MWh de energia elétrica a partir do metano capturado em suas operações industriais, com investimento de R$ 17 milhões, marcando avanços na eficiência energética e sustentabilidade.
Panorama econômico
Em contexto global de crescente preocupação com as mudanças climáticas, diversas indústrias buscam alternativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e custos operacionais. No Brasil, a combinação de pressões inflacionárias e ajustes em políticas fiscais e monetárias abraçam iniciativas que incentivam a produção de energias renováveis e o uso eficiente de recursos. A decisão da JBS de investir na conversão de metano em biogás e geração de energia elétrica vem ao encontro dessas tendências, uma resposta prática e econômica frente aos desafios do setor produtivo e ambiental.
Indicadores e análises
Desde 2023, a produção de aproximadamente 50 milhões de metros cúbicos de biogás evitou a emissão de 263,7 mil toneladas de CO2 equivalente. Nas unidades de Ituiutaba (MG) e Andradina (SP), os geradores movidos a biogás produziram 1,17 milhão e 874 mil kWh, respectivamente, gerando economia de cerca de R$ 1 milhão. Com a expectativa de operação nas plantas de Barra do Garças (MT) e Mozarlândia (GO), a previsão é de mais 1,1 milhão de kWh produzidos, totalizando cerca de 2 mil MWh gerados até o momento. O investimento total em biodigestores ultrapassa R$ 77 milhões, com aporte da própria JBS (R$ 55 milhões), Âmbar Energia (R$ 4 milhões) e outros parceiros (R$ 18,4 milhões).
A companhia articula ainda a expansão do uso do biogás como combustível para sua frota, o que poderá reduzir custos com diesel e emissões adicionais. “Estamos atentos às oportunidades de receita com a comercialização do biogás ou da energia elétrica excedente, seja para distribuidoras de gás, seja para indústrias. A ideia é ampliar cada vez mais esse modelo”
(“We are attentive to revenue opportunities with the commercialization of biogas or excess electric energy, whether to gas distributors or industries. The idea is to increasingly expand this model.”)
“Estamos atentos às oportunidades de receita com a comercialização do biogás ou da energia elétrica excedente, seja para distribuidoras de gás, seja para indústrias. A ideia é ampliar cada vez mais esse modelo.”
(“We are attentive to revenue opportunities with the commercialization of biogas or excess electric energy, whether to gas distributors or industries. The idea is to increasingly expand this model.”)— Liège Vergili Correia, Diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil
Impactos e previsões
Esse modelo impacta diretamente a indústria frigorífica, ao reduzir custos operacionais com energia e combustíveis fósseis, ao mesmo tempo em que contribui para a mitigação de emissões de gases de efeito estufa. A substituição progressiva da biomassa por biogás em caldeiras e a geração própria de eletricidade apontam para uma economia circular e maior resiliência energética. A previsão é de que até o final do primeiro semestre de 2025, 18 geradores operem em quatro unidades, consolidando o investimento estratégico iniciado em 2021.
“Esse é apenas o começo de um movimento estratégico. Tenho certeza de que colheremos excelentes resultados a partir desses investimentos.”
(“This is just the beginning of a strategic movement. I am sure we will reap excellent results from these investments.”)— Liège Vergili Correia, Diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil
Além dos ganhos ambientais, a iniciativa deve gerar competitividade para a JBS frente a regulações ambientais mais restritivas e a demandas de consumidores por práticas sustentáveis. Em um cenário de inflação controlada e juros embasados, o setor produtivo brasileiro poderá ampliar o uso de biogás como fonte renovável, fortalecendo a cadeia produtiva e o mercado de energias limpas.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)