JAXA revela que pequenos buracos negros são consumidores bagunceiros

São Paulo — InkDesign News — Astrônomos, utilizando o telescópio espacial japonês XRISM, descobriram que pequenos buracos negros estão se alimentando de estrelas companheiras de forma surpreendentemente desordenada, revelando novos segredos sobre esses fenômenos cósmicos.
Detalhes da missão
A pesquisa foi realizada pela equipe da missão X-Ray Imaging and Spectroscopy Mission (XRISM), operada pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) em parceria com a NASA e a Agência Espacial Europeia. O telescópio investigou um sistema denominado 4U 1630-472, localizado a aproximadamente 26.000 anos-luz da Terra. A carga útil da missão inclui equipamentos avançados para estudar as emissões de raios X de buracos negros, além de traçar suas interações com estrelas companheiras.
Tecnologia e objetivos
O XRISM possui instrumentos capazes de medir a radiação em raios X a altíssimas temperaturas, resultantes da intensa gravidade que buracos negros exercem sobre os materiais que os cercam. Esses instrumentos visam não apenas observar os raios X emitidos pela matéria aquecida que está sendo devorada pelo buraco negro, mas também mapear as mudanças de brilho que correspondem a períodos de alimentação. Segundo Jon Miller, líder da equipe, “ser surpreendido é bom. Ver expectativas sendo provadas como ingênuas significa progresso.” (“Being surprised is good. Seeing expectations proven naive means progress.”)
Próximos passos
A equipe pretende continuar os estudos sobre buracos negros e suas “hábitos alimentares bagunçados”, mas enfrenta desafios financeiros devido aos cortes orçamentários da NASA. “Estamos todos tentando fazer o máximo possível e esperamos que não seja nossa última chance,” afirmou Miller. A missão está atualmente em sua fase principal de dois anos, onde busca descobrir exemplos de ciência inovadora e investir em pesquisas futuras.
A pesquisa atual apresenta uma nova compreensão de como buracos negros, independentemente de seu tamanho, podem afetar a evolução das galáxias ao seu redor. A descoberta de que a matéria frequentemente não é absorvida, mas sim expelida, poderá alterar a forma como os cientistas visualizam a dinâmica dos buracos negros.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)