
Brasília — InkDesign News — O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou, em julho de 2023, uma nova versão do mapa-múndi que apresenta o Brasil no centro e o Sul na parte superior, invertendo a tradicional orientação cartográfica. A proposta ganhou destaque durante a gestão do presidente do IBGE, Marcio Pochmann, com o intuito de ressaltar a liderança brasileira em fóruns internacionais como BRICS e Mercosul, além de antecipar a realização da COP 30 em 2025, em Belém, capital do Pará.
Contexto político
A iniciativa do IBGE, conduzida sob o comando de Marcio Pochmann, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorre em um momento de reposicionamento estratégico do Brasil no cenário internacional. Em 2024, o instituto já havia divulgado um novo Atlas Geográfico Escolar com o Brasil no centro do mapa-múndi, iniciativa que suscitou controversas e debates nas redes sociais. A abordagem cartográfica tradicionalmente eurocêntrica foi revista para evidenciar uma perspectiva geopolítica brasileira e sul-americana, alinhada ao protagonismo do país em blocos econômicos e ambientais importantes.
Reações e debates
O lançamento provocou discussões no meio acadêmico, político e social, questionando os impactos e simbolismos da alteração do centro do mapa. Líderes e especialistas divergem sobre os efeitos práticos e culturais da nova representação cartográfica. Marcio Pochmann explicou que
“O IBGE lançou um novo mapa-múndi com o Brasil no centro, contendo o Sul na parte superior do mapa, também identificado por mapa invertido”
— Marcio Pochmann, presidente do IBGE
Além disso, o presidente do IBGE apontou a intenção de fortalecer o Brasil nas negociações globais, ao afirmar que
“a novidade busca ressaltar a posição atual de liderança do Brasil em importantes fóruns internacionais como no BRICS e Mercosul e na realização da COP 30 no ano de 2025”
— Marcio Pochmann, presidente do IBGE
Desdobramentos e desafios
A adoção do mapa invertido e centralizado no Brasil pode influenciar tanto a educação quanto a percepção política do território brasileiro no mundo. A COP 30, que acontecerá em novembro de 2025 em Belém, deve ter sua importância ampliada pela nova leitura geográfica, simbolizando uma reafirmação da posição brasileira nas agendas ambientais globais. No entanto, desafios permanecem quanto à aceitação ampla dessa mudança em disciplinas escolares e na comunicação oficial, que tradicionalmente utiliza o mapa convencional. A continuidade desse debate pode motivar ajustes metodológicos e a elaboração de materiais didáticos que reflitam a diversidade de visões geoestratégicas.
Essa iniciativa também insere o Brasil em uma pauta maior sobre hegemonia cultural e representação simbólica no espaço global, questão que pode repercutir em outras organizações e países interessados em redefinir mapas e narrativas.
Fonte: (CNN Brasil – Política)