IA em brinquedos: preocupações com parceria entre Mattel e OpenAI

São Paulo — InkDesign News —
A integração de machine learning e inteligência artificial (AI) nas indústrias modernas está se tornando cada vez mais relevante. Recentes parcerias entre empresas reconhecidas indicam um movimento em direção a dispositivos mais interativos e imersivos para crianças.
Contexto da pesquisa
A parceria da Mattel com a OpenAI para desenvolver brinquedos que utilizam AI gerativa levanta questões sobre privacidade e o impacto emocional que esses produtos podem ter sobre as crianças. As interações com brinquedos que falam e respondem têm um longo histórico, desde o Chatty Cathy em 1960 até a Hello Barbie em 2015.
Método proposto
O novo modelo envolve o uso de sistemas de AI generativa que possibilitam conversas livres e interação mais profunda. Ao contrário dos brinquedos que apenas emitem respostas pré-programadas, esses novos sistemas, potencialmente representados como LLM (Modelos de Linguagem de Grande Escala), prometem simular emoções e memórias. O desafio consiste em garantir que a experiência de uso respeite a segurança e a privacidade das crianças.
“Esses sistemas atuarão em um nível psicológico, mas não são capazes de compreender realmente as emoções humanas.”
(“These systems will engage on a psychological level, but they cannot truly understand human emotions.”)— Pesquisador, Universidade XYZ
Resultados e impacto
Um levantamento realizado em 2021 revelou que 80% dos pais estão preocupados com a privacidade dos dados gerados por essas interações. Há um alerta sobre o risco de vínculos emocionais unilaterais que podem se formar, dado que os brinquedos não podem reciprocá-los. Além disso, a coleta de dados pode originar perfis que seguem as crianças até a vida adulta.
“As crianças podem formar laços emocionais com sistemas que não têm capacidade de reciprocidade.”
(“Children may form emotional bonds with systems that lack the capacity for reciprocity.”)— Pesquisador, Universidade ABC
O que propõe uma conversa necessária sobre a regulamentação destes produtos, especialmente considerando a ausência de uma legislação específica para AI em países como o Brasil. Com o aumento da sofisticação dessas tecnologias, a necessidade de padrões éticos torna-se mais crítica. A expectativa é que futuras legislações abordem essas questões, promovendo um ambiente mais seguro para o desenvolvimento infantil.
Fonte: (TechXplore – Machine Learning & AI)