
São Paulo — InkDesign News — O Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA capturou novas imagens da galáxia espiral IC 758, localizada a aproximadamente 60 milhões de anos-luz da Terra na constelação da Ursa Maior. Esta descoberta revela detalhes sobre os fenômenos astronômicos que moldam nosso universo.
Contexto da descoberta
A galáxia IC 758, também conhecida como LEDA 38173 ou UGC 7056, foi descoberta pelo astrônomo americano Lewis Swift em 17 de abril de 1888. Ela faz parte do grupo de galáxias NGC 4036, que inclui mais de dez galáxias. As observações do Hubble mostram braços espirais azuis que circundam um núcleo barrado, evidenciando as complexas interações que ocorrem em galáxias distantes.
Métodos e resultados
A imagem colorida é resultado de observações feitas pela Câmera Avançada para Pesquisas (ACS) do Hubble, utilizando filtros que captam diferentes comprimentos de onda no espectro óptico e no infravermelho próximo. Essa técnica permite entender melhor a composição e estrutura da galáxia. “Na imagem do Hubble capturada em 2023, IC 758 aparece pacífica, com seus braços espirais azuis curvando-se suavemente ao redor de seu núcleo barrado,” comentaram os astrônomos do Hubble.
Em 1999, a galáxia foi palco de uma explosão significativa: a supernova SN 1999bg, que marcou o fim dramático de uma estrela muito mais massiva que o Sol. Os Hubble dados atuais serão utilizados para medir as massas das estrelas nas proximidades da supernova, ajudando a estimar a massa da estrela progenitora.
“Ainda não se sabe quão massiva era essa estrela antes de explodir,”
(“It’s not yet known how massive this star was before it exploded.”)— Astrônomos do Hubble
Implicações e próximos passos
Os dados obtidos podem também revelar se a estrela progenitora da SN 1999bg possuía uma companheira. As supernovas representam mais que a morte de uma única estrela; elas desempenham um papel crucial em moldar suas vizinhanças. “Quando uma estrela massiva colapsa, desencadeando uma supernova, suas camadas externas rebatem contra seu núcleo encolhido,” disseram os astrônomos. Tal explosão pode dispersar e aquecer nuvens de gás, intervenientes chave na formação de novas estrelas. Este processo de “agitação interestelar” pode tanto dificultar quanto favorecer novas formações estelares, dependendo das dinâmicas envolvidas.
Os despojos das supernovas se tornam ingredientes essenciais para as novas gerações de estrelas, oferecendo insights valiosos sobre a evolução do cosmos.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)