
São Paulo — InkDesign News — O telescópio Hubble capturou a imagem mais nítida do visitante interestelar 3I/ATLAS, um cometa que foi descoberto em 1º de julho de 2025, apresentando características distintivas, como uma coma de partículas de poeira e indícios de uma cauda.
Detalhes da missão
O cometa 3I/ATLAS, observado pelo Hubble, é notável por sua velocidade, atingindo impressionantes 130.000 mph (209.000 km/h). Este cometa não permanecerá no sistema solar, pois sua trajetória hyperbólica o levará de volta ao espaço interestelar após uma aproximação com o Sol. O periélio está previsto para ocorrer em 29 de outubro de 2025, quando o cometa estará a aproximadamente 1,8 UA (167 milhões de milhas) da Terra.
Tecnologia e objetivos
O Hubble utilizou sua capacidade de observação avançada para examinar as características do cometa, revelando um núcleo oculto sob uma coma de poeira. David Jewitt, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, comentou:
“Ninguém sabe de onde veio o cometa.”
(“No one knows where the comet came from.”)— David Jewitt, Professor, Universidade da Califórnia, Los Angeles
A medição da dimensão do núcleo está entre 320 metros e 5,6 quilômetros, um intervalo significativo que reflete a complexidade dos corpos cometários. Observações adicionais estão sendo feitas para alcançar uma maior compreensão da composição do cometa e compará-la com a dos cometas nativos do sistema solar.
Próximos passos
A comunidade astronômica está atenta ao aumento da atividade de 3I/ATLAS à medida que se aproxima do Sol. Astrônomos pretendem monitorar sua evolução e coletar dados espectroscópicos que podem elucidar a composição do cometa. Jewitt destacou que:
“Este último turista interestelar é um dos objetos de uma população previamente não detectada que está emergindo gradualmente.”
(“This latest interstellar tourist is one of a previously undetected population of objects bursting onto the scene.”)— David Jewitt, Professor, Universidade da Califórnia, Los Angeles
Além disso, a Vera C. Rubin Observatory, no Chile, está programada para identificar, em média, um visitante interestelar por ano, ampliando o conhecimento sobre esses objetos cósmicos.
A contínua exploração de cometas como 3I/ATLAS promete enriquecer nosso entendimento sobre a origem e a dinâmica do sistema solar, além de lançar luz sobre a existência de outros corpos celestes que cruzam nossas proximidades. Cada observação representa um passo significativo na apreciação da vastidão do universo e de nossa própria posição dentro dele.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)