
Brasília — InkDesign News — Na próxima semana, hospitais privados e filantrópicos poderão iniciar o cadastro para abater dívidas tributárias com a União em troca de atendimento especializado ao Sistema Único de Saúde (SUS), segundo anúncio realizado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Contexto e objetivos
O Brasil enfrenta desafios significativos em seu sistema de saúde, particularmente a extensa fila de espera para consultas, exames e procedimentos cirúrgicos. O programa visa aliviar essa situação ao permitir que hospitais privados e filantrópicos contribuam com o SUS, oferecendo serviços em áreas prioritárias, como oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. O público-alvo são pacientes que aguardam atendimento no SUS e que se beneficiariam de tratamentos especializados.
Metodologia e resultados
De acordo com o ministro Padilha, o cadastramento iniciará após a divulgação do edital, prevista para ocorrer até cinco dias após a publicação da portaria. Os hospitais interessados devem listar os procedimentos que desejam oferecer, que serão avaliados e aprovados pela Secretaria de Saúde com base na tabela do programa “Agora Tem Especialistas”, substituta da tabela SUS. “Pela primeira vez, vamos ter um mecanismo que permite que hospitais privados e filantrópicos que têm dívidas com a União se transformem em cirurgias e exames diagnósticos”, afirmou Padilha ao programa Bom Dia, Ministro.
Implicações para a saúde pública
As expectativas do governo são otimistas, com a previsão de que os primeiros atendimentos nesse formato comecem em agosto. “Nossa expectativa é que, no mês de agosto, os primeiros hospitais estejam sendo contratados nesse mecanismo, abrindo as portas para uma pessoa que está esperando ali na fila do SUS poder ser atendida em um hospital privado, sem pagar nada, por meio do Sistema Único de Saúde”, concluiu o ministro. Essa iniciativa pode não apenas melhorar o acesso a procedimentos médicos, mas também contribuir para a sustentabilidade financeira dos hospitais participantes, especialmente aqueles com débitos tributários.
O esforço conjunto entre os ministérios da Saúde e da Fazenda gera uma expectativa positiva para a redução das filas no SUS, beneficiando diretamente a saúde da população brasileira.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)