
Rio de Janeiro — InkDesign News — O governo brasileiro estuda antecipar o decreto para instaurar a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) durante o período da Cúpula do BRICS, marcada para os dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro. A medida visa fortalecer a segurança também na reunião dos Ministros da Fazenda, Bancos Centrais e do Novo Banco de Desenvolvimento, que ocorrerá nos dias 4 e 5 de julho na mesma cidade.
Contexto político
O Brasil ocupa a presidência-rotativa do grupo BRICS em 2024, integrando onze países-membros, e sediará uma série de reuniões temáticas relacionadas ao bloco econômico. A operação GLO, autorizada exclusivamente pela Presidência da República, permite a atuação das Forças Armadas com poderes especiais de polícia por período determinado, como ocorreu em eventos anteriores de grande porte, incluindo a Copa do Mundo de 2014, as Olimpíadas de 2016 e a Cúpula do G20 em 2023, também realizada no Rio de Janeiro.
De acordo com documento ao qual a CNN teve acesso, o governo ainda delibera sobre a antecipação do decreto, porém já afirma que “a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) será decretada para a Cúpula e deverá ser antecipada, exigindo também assim a mobilização prévia das tropas especializadas para varreduras”.
Reações e debates
Especialistas em segurança pública destacam que operações como a GLO são importantes para garantir o controle de possíveis ameaças em eventos internacionais que atraem grande atenção mundial, assegurando não só a proteção das delegações estrangeiras como a ordem interna durante os encontros.
“A antecipação do decreto exige planejamento intenso para garantir a mobilização eficiente das tropas e a execução das varreduras necessárias para a segurança do evento.”
(“The anticipation of the decree demands intense planning to ensure efficient troop mobilization and execution of the necessary sweeps for event security.”)— Fonte oficial do governo brasileiro
Desdobramentos e desafios
A operação integrada de segurança, da qual a GLO faz parte, está programada para durar cem dias no país, com início em 1º de abril e previsão de término em 10 de julho, após a saída da última delegação estrangeira da cúpula. Além dos desafios logísticos inerentes a uma operação dessa magnitude, o governo precisa equilibrar ações de segurança com garantias de direitos civis e liberdade pública, tema recorrente em debates sobre o uso das Forças Armadas em ações policiais.
“Eventos internacionais como a cúpula do BRICS requerem a coordenação entre múltiplas esferas governamentais para garantir que a ordem seja mantida sem excessos.”
(“International events like the BRICS summit require coordination among multiple government spheres to ensure order is maintained without excess.”)— Analista de segurança pública
O decreto da GLO e as operações associadas refletem a priorização da segurança em grandes eventos diplomáticos no Brasil, consolidando um modelo que, embora controverso, tem sido recorrente em períodos que demandam controle reforçado. A antecipação do decreto indica a preparação do governo para responder prontamente a eventuais ameaças, destacando o papel estratégico do país na arena internacional durante 2024.
Segurança e política no Brasil
Fonte: (CNN Brasil – Política)