
Brasília — InkDesign News — Morreu na sexta-feira (23), aos 81 anos, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado. Natural de Minas Gerais, Salgado construiu carreira internacional destacando-se por retratar a dignidade humana em imagens em preto e branco, combinando seu olhar artístico com sua formação acadêmica em economia.
Contexto político
Sebastião Salgado, nascido em 1944, iniciou sua carreira profissional inicialmente voltada à economia, tendo obtido mestrado e doutorado na área. Posteriormente, direcionou-se para a fotografia documental, tornando-se um dos fotógrafos mais renomados do mundo por capturar as belezas e injustiças sociais por meio de imagens impactantes. Seu trabalho ultrapassou fronteiras, destacando causas ambientais, indígenas e humanitárias e consolidando-se também no cinema, como personagem central do premiado documentário “O Sal da Terra” (2014), codirigido pelo cineasta alemão Wim Wenders e por seu filho Juliano Ribeiro Salgado.
Reações e debates
Autoridades brasileiras expressaram solidariedade e reconhecimento em suas redes sociais diante da morte do fotógrafo. Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, declarou:
“Com suas lentes, Sebastião Salgado nos revelou as belezas e injustiças do mundo, congeladas em seus registros fotográficos. Uma celebração da vida e da natureza e um chamado à ação consciente, em prol de um mundo inclusivo e sustentável.”
— Geraldo Alckmin, Vice-presidente e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, lembrou a amizade que tinha com Salgado e o impacto de sua obra:
“Eu perdi um amigo. O Brasil perdeu um dos maiores expoentes da fotografia mundial. A morte de Sebastião Salgado deixa uma lacuna irreparável no jornalismo brasileiro.”
— Fernando Haddad, Ministro da Fazenda
Outros líderes, como Margareth Menezes (ministra da Cultura), Gleisi Hoffmann (ministra da Secretaria de Relações Institucionais), Hugo Motta (presidente da Câmara dos Deputados), Luís Roberto Barroso (ministro do Supremo Tribunal Federal), Paulo Pimenta e Guilherme Boulos (deputados federais) também manifestaram condolências, ressaltando o legado de denúncia social e defesa dos direitos humanos deixado pelo fotógrafo.
Desdobramentos e desafios
O falecimento de Sebastião Salgado marca o encerramento de um ciclo na fotografia documental brasileira e mundial, convidando à reflexão sobre o papel da arte na denúncia social e na promoção da justiça. Seu trabalho estabeleceu padrões para futuras gerações de fotógrafos e atores sociais, especialmente em temáticas de desigualdade, meio ambiente e direitos indígenas. Resta o desafio de preservar e ampliar esse legado cultural e político, promovendo o acesso às suas imagens e as causas por ele defendidas em um cenário global cada vez mais complexo.
Fonte: (CNN Brasil – Política)