
São Paulo — InkDesign News — A recente estreia do gerador de vídeos da Google, Veo 3, tem agitado as esferas tech e geek, contribuindo para um fenômeno crescente de criação de conteúdos visuais que misturam entretenimento e inovação tecnológica.
Contexto e lançamento
O Veo 3 emergiu em meio a uma onda de ferramentas de inteligência artificial que visam transformar a produção de vídeos, especialmente em um cenário saturado de conteúdo digital. Desde os primeiros experimentos de deepfake até as tentativas de automatizar a criação de trailers de filmes, a tecnologia de geração de vídeo evoluiu rapidamente. O potencial de gerar um gameplay fictício de jogos AAA representa uma nova fronteira para desenvolvedores e criadores de conteúdo no universo dos games.
Design e especificações
O Veo 3 se destaca na geração de vídeos com a capacidade de produzir cenas que simulam jogabilidade de jogos não existentes. A plataforma opera através de prompts de texto, como “um jogo de mundo aberto em terceira pessoa”, possibilitando a criação de cenários diversificados inspirados em títulos como Grand Theft Auto e The Last of Us. Além disso, designers 3D, como Lovis Odin, têm demonstrado usar o Veo 3 em conjunto com outras ferramentas, como LoRA e Hunyuan3d, para aprimorar e personalizar os vídeos gerados, sugerindo um fluxo de trabalho integrado que vai além das capacidades da ferramenta original.
Repercussão e aplicações
A recepção ao Veo 3 tem sido positiva, especialmente entre criadores que buscam formas mais eficientes de prototipagem. Odin compartilha sua experiência: “Veo 3 cria vídeos base bonitos, mas e se isso não for suficiente? Eu construí um fluxo de trabalho que leva isso além” (“Google Veo3 creates beautiful base videos, but what if that’s not enough? I built a @ComfyUI workflow that takes it further”)— Lovis Odin, Designer 3D. Contudo, há preocupações sobre os impactos na indústria de jogos, onde o desenvolvimento demanda tempo e recursos consideráveis. Como apontado em um blog da Google, a utilização de inteligência artificial pode reduzir drasticamente os custos: “Criar conteúdo é um dos maiores gastos que os jogos podem incorrer” (“creating content is one of—if not the largest—expenses that games can incur”)— Google. Essa mudança pode significar tanto oportunidades quanto desafios, especialmente considerando o estado atual da força de trabalho na indústria de jogos.
Conforme a tecnologia avança, a interseção entre criação de conteúdo, inteligência artificial e desenvolvimento de jogos promete desencadear uma nova era de inovação, embora também traga o risco de acentuar a banalização do trabalho artístico.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)