Google revela dados sobre consumo energético de prompts de AI

São Paulo — InkDesign News — Um recente relatório da Google revela que a inteligência artificial, especialmente com o modelo Gemini, apresentou uma queda significativa no consumo energético por prompt, refletindo progressos notáveis nos métodos de otimização.
Contexto da pesquisa
A pesquisa foi motivada pela crescente preocupação com o impacto ambiental das tecnologias de machine learning. Estudos anteriores, como os relatados na série Power Hungry do MIT Technology Review, indicam altos consumos de energia para gerar não apenas texto, mas também imagens e vídeos. As análises da Google buscam trazer clareza sobre o uso energético relacionado às interações cotidianas com a inteligência artificial e suas implicações para sustentabilidade.
Método e resultados
O estudo focou estritamente em prompts de texto, excluindo tarefas mais complexas. O modelo Gemini foi avaliado em diferentes cenários, considerando variações na energia utilizada. Os resultados mostraram que a energia média utilizada por um prompt caiu 33 vezes entre maio de 2024 e maio de 2025, um feito atribuído a melhorias nos algoritmos e software. A emissão de gases do efeito estufa correspondente ao uso médio de um prompt foi estimada em 0,03 gramas de dióxido de carbono, com base em dados sobre a energia consumida.
A estimativa de emissões foi calculada a partir da energia total utilizada multiplicada pela média de emissões por unidade de eletricidade.
(“The estimate was calculated by multiplying the total energy used by the average emissions per unit of electricity.”)— Dean, Pesquisador, Google
Implicações e próximos passos
As descobertas indicam que os impactos ambientais da inteligência artificial, em particular do Gemini, são comparáveis a atividades diárias comuns, como assistir a alguns segundos de TV ou consumir algumas gotas de água. Além disso, a Google possui acordos de compra de energia renovável que reduzem suas emissões, permitindo que a empresa posicione suas operações de forma mais sustentável. Contudo, ainda existem desafios éticos e práticos relacionados ao uso da IA, especialmente em um mundo que cada vez mais depende dessa tecnologia. A conscientização sobre o consumo energético pode também incentivar usuários a adotar práticas mais responsáveis.
“As medições que conseguimos mostrar indicam que o uso de modelos Gemini não deve causar preocupações significativas em relação ao consumo de energia ou água.”
(“The measurements we were able to show indicated that the use of Gemini models should not raise significant concerns about energy or water consumption.”)— Dean, Pesquisador, Google
Em síntese, a pesquisa mostra que a evolução dos modelos de inteligência artificial não somente melhora a eficiência no atendimento a solicitações, mas também minimiza seus impactos ambientais, estabelecendo um caminho promissor para o futuro das tecnologias de machine learning.
Fonte: (MIT Technology Review – Artificial Intelligence)