
São Paulo — InkDesign News — Uma nova aplicação experimental da Google, chamada AI Edge Gallery, representa um avanço significativo na inteligência artificial, permitindo que smartphones executem modelos de IA avançados localmente, sem conexão com a internet. Essa iniciativa utiliza técnicas de deep learning e abrange aplicações como análise de imagem, geração de texto e assistência na codificação, focando na privacidade do usuário.
Tecnologia e abordagem
O AI Edge Gallery é construído sobre a plataforma LiteRT, otimizando a execução de modelos de IA em dispositivos móveis com recursos limitados. Ele suporta modelos de diversos frameworks de aprendizado de máquina, incluindo JAX, Keras, PyTorch e TensorFlow. Central a essa aplicação está o modelo Gemma 3, com 529 megabytes, capaz de processar 2.585 tokens por segundo em GPUs móveis, possibilitando tempos de resposta de subsegundos para tarefas de geração de texto e análise de imagens.
Aplicação e desempenho
A aplicação oferece três funcionalidades principais: AI Chat (conversas multi-turno), Ask Image (perguntas visuais) e Prompt Lab (tarefas de um único turno, como resumos de texto). Os usuários podem comparar o desempenho de diferentes modelos, com métricas em tempo real que incluem velocidade de tokens e latência. No entanto, testes iniciais revelaram variações de precisão, manifestando-se em respostas incorretas para tarefas específicas, como identificação de cenas de animação.
A abordagem local para o processamento de dados aborda preocupações crescentes sobre privacidade nas aplicações de IA.
(“The local processing approach addresses growing concerns about data privacy in AI applications.”)— Google, Empresa
Impacto e mercado
Essa estratégia de processamento local responde a exigências rigorosas de compliance em setores como saúde e finanças, onde a sensibilidade dos dados costuma limitar a adoção de soluções baseadas na nuvem. Ao transformar a privacidade de uma limitação em uma vantagem competitiva, a Google redefine o cenário da inteligência artificial. A aplicação já enfrenta desafios, como instalação complexa e variações de desempenho em diferentes dispositivos.
O ethos da Google, de disponibilizar tecnologias de forma aberta, sugere um movimento em direção a uma infraestrutura de inteligência artificial mais democrática, desafiando a liderança da Apple e da Qualcomm no espaço. À medida que a Google continua a desenvolver esse aplicativo e solucionar suas limitações, o potencial de cada smartphone como parte de uma rede de IA distribuída poderá alterar definitivamente a relação entre consumidores e dados pessoais.
Fonte: (VentureBeat – AI)