
São Paulo — InkDesign News — A revolução dos veículos elétricos acaba de enfrentar um teste de realidade rigoroso. A General Motors está revisando sua estratégia de eletrificação, sugerindo que os automóveis movidos a gasolina podem ter uma duração de vida muito mais longa do que o previsto.
Contexto e lançamento
Durante a recente teleconferência de resultados do segundo trimestre, a GM anunciou um aumento na produção de modelos de motores de combustão interna (ICE), uma resposta direta ao mercado de veículos elétricos (EV) em desaceleração. As vendas de EVs caíram mais de 6% no segundo trimestre em comparação ao mesmo período do ano anterior, em virtude da iminente expiração do crédito fiscal federal de $7.500 para novos veículos elétricos.
Design e especificações
Mary Barra, CEO da GM, anunciou que a empresa aumentará a produção do Chevrolet Equinox com motor de combustão interna na fábrica de Fairfax, em Kansas, e moverá a produção do Blazer com motor de combustão interna para Spring Hill, no Tennessee. A decisão de priorizar dois de seus SUVs a gasolina mais vendidos representa uma mudança pragmática em relação à retórica inicial de compromisso total com os veículos elétricos.
“Estamos bem posicionados para ter sucesso em um mercado de ICE que agora possui uma duração maior”
(“We are well positioned to succeed in an ICE market that has now a longer runway.”)— Mary Barra, CEO, General Motors
Repercussão e aplicações
Para o consumidor americano, o impacto imediato é claro. Os SUVs a gasolina acessíveis e familiares, que continuam a ser comprados em grande quantidade, estarão mais disponíveis. Entretanto, a aspiração de um EV acessível e de mercado de massa parece ter sido adiada à medida que as montadoras enfrentam o desafio de torná-los lucrativos na ausência de subsídios governamentais. O CFO Paul Jacobson articulou a capacidade da GM de produzir tanto veículos a gasolina quanto elétricos como uma vantagem competitiva sobre startups apenas elétricas.
“Essa flexibilidade de alternar entre EV e ICE é uma vantagem inerente que temos”
(“That built in flexibility for us to switch between EV and ICE is an inherent advantage that we have.”)— Paul Jacobson, CFO, General Motors
A recalibração da GM representa uma história de pragmatismo em detrimento de promessas. O foco agora é gerar lucro com os veículos a gasolina para viabilizar um futuro elétrico. Assim, a montadora adota uma abordagem mais metódica e financeiramente fundamentada em sua transição energética.
Com isso, a GM busca não apenas consolidar sua presença no mercado atual, mas também pavimentar um caminho sustentável para a mobilidade elétrica no futuro.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)