
São Paulo — InkDesign News — A General Motors (GM) anunciou recentemente uma nova química de bateria chamada rica em lítio-manganês (LMR), que promete reduzir custos e ainda oferecer uma autonomia que chega a 640 km, posicionando-se como uma alternativa para promover a sustentabilidade no setor de veículos elétricos.
Tecnologia renovável
A nova tecnologia de bateria LMR permitirá que os caminhões da GM alcancem uma autonomia de mais de 640 km, ao mesmo tempo que diminui significativamente os custos de produção. Com essa abordagem, a GM visa integrar a tecnologia no mercado de veículos elétricos, promovendo alternativas mais acessíveis para os consumidores.
“Com o LMR, podemos oferecer mais de 640 km de autonomia em nossos caminhões, enquanto reduzimos significativamente os custos das baterias.”
(“With LMR, we can deliver over 400-mile range in our trucks while significantly reducing our battery costs.”)— Kurt Kelty, Vice-presidente de Baterias, Propulsão e Sustentabilidade, GM
As baterias LMR também vão diminuir drasticamente a quantidade de níquel e cobalto em comparação com as células NMC, reduzindo a dependência de minerais que não estão prontamente disponíveis nas fontes domésticas dos Estados Unidos.
Redução de CO₂
Atualmente, as baterias do Chevrolet Silverado EV utilizam células de níquel-manganês-cobalto (NMC), que permitem uma autonomia de 792 km, mas com um custo inicial que excede R$ 73.000,00. A introdução da LMR poderá oferecer um equilíbrio entre preço e desempenho. A nova química promete preservar as reduções de custo relacionadas às células de lítio-ferro-fosfato (LFP), que custam R$ 6.000,00 a menos, mas sacrificam a autonomia.
“A nova tecnologia preservará as reduções de preço do LFP sem sacrificar tanta autonomia.”
(“The new technology would preserve the LFP price cuts without sacrificing as much range.”)— Kurt Kelty, Vice-presidente de Baterias, Propulsão e Sustentabilidade, GM
A GM destaca que a química LMR terá de 0 a 2% de cobalto, 30% a 40% de níquel e 60% a 70% de manganês, sendo significativas diminuições em relação às células NMC atuais que contêm até 10% de cobalto e 80% de níquel.
Casos de uso
A produção das novas células será realizada pela Ultium Cells, joint venture da GM com a LG Energy Solution. As empresas investiram bilhões em fábricas de baterias nos Estados Unidos e, juntas, têm pesquisado a química LMR nos últimos anos.
Com 50 patentes relacionadas à nova tecnologia, a GM está otimista quanto ao potencial da LMR para revolucionar a oferta de veículos elétricos em várias faixas de preço, desde modelos de entrada até categorias que exigem maior autonomia e densidade de energia.
Como parte das suas metas, a GM trabalha para que a produção em larga escala comece até 2028, o que pode significar uma redução significativa nas emissões associadas à produção de veículos elétricos, favorecendo o desenvolvimento de uma cadeia de suprimentos mais local e eficiente.
Fonte: (TechCrunch – Climate / GreenTech)