
São Paulo — InkDesign News — A startup chamada Germ está trazendo mensagens criptografadas de ponta a ponta para a rede social Bluesky, visando oferecer aos usuários uma opção mais segura para chats do que os DMs existentes do Bluesky. Após mais de dois anos de desenvolvimento, o serviço está sendo lançado em versão beta esta semana, com planos de incorporar novos testadores antes do lançamento público.
Financiamento
A Germ foi projetada como uma alternativa a plataformas de mensagens criptografadas que dominam globalmente, tais como iMessage, Signal e WhatsApp. A tecnologia aproveita padrões mais recentes, como Messaging Layer Security (MLS), um novo padrão aprovado pelo Internet Engineering Task Force (IETF) e o AT Protocol (ou ATProto), que alimenta o Bluesky.
Modelo de negócios
Ao invés de exigir o número de telefone do usuário, como fazem outros aplicativos de mensagens, a Germ integra-se ao ATProto. Isso permite que os usuários do Germ conversem com amigos do Bluesky e de outras plataformas sociais abertas, com mais controles sobre a experiência do usuário.
“Sabemos que, psicologicamente, você não pode construir um bom relacionamento com as pessoas se sentir que está sendo observado e manipulado o tempo todo. E isso é realmente o que as redes sociais são hoje,”
— Tessa Brown, CEO, Germ
Ao utilizar a Germ, você pode definir, por exemplo, se aceita DMs apenas de pessoas que você segue no Bluesky, ou se prefere ser a única a iniciar conversas.
Foco no usuário
A concepção da Germ veio dos cofundadores Tessa Brown, uma estudiosa de comunicações que lecionou em Stanford, e Mark Xue, que trabalhou como engenheiro de privacidade na Apple. “Saí do meu trabalho com uma convicção sólida em torno da mensageria criptografada de ponta a ponta como o centro do que eu acreditava ser o futuro das redes sociais e da comunicação,” disse Brown.
“O que eu vejo no futuro da comunicação é a utilização de mensagens criptografadas como um pilar de confiabilidade e privacidade,”
— Tessa Brown, CEO, Germ
Próximos passos
Atualmente, o serviço da Germ funciona através de um “link mágico” que é gerado e colado na bio do usuário no Bluesky. Quando outro usuário do Bluesky no iOS clica nesse link, pode imediatamente iniciar uma conversa sem precisar baixar um novo aplicativo.
Embora o uso da Germ seja gratuito, a startup planeja, futuramente, introduzir uma taxa de assinatura que poderia oferecer serviços mais avançados e personalizados. Com um financiamento pré-seed já captado de investidores individuais e o apoio de organizações como K5 Global e Mozilla Ventures, a empresa busca levantar mais recursos para desenvolver uma versão Android.
“Estamos otimistas com a nossa posição em relação ao Bluesky e temos a esperança de que nosso protocolo possa ser amplamente adotado no futuro,” concluiu Brown.
Fonte: (TechCrunch )