Brasília — InkDesign News — O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, prestou depoimento nesta segunda-feira (19) ao Supremo Tribunal Federal (STF) como testemunha de acusação no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Contexto político
O depoimento de Freire Gomes integra uma fase do processo conduzida por juízes-auxiliares do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que recebe as testemunhas por videoconferência, acompanhadas pelas defesas dos denunciados e pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele é uma das 82 testemunhas arroladas para serem ouvidas nas próximas semanas. No curso da investigação, o general teria sido pressionado para aderir à trama golpista, além de outras autoridades militares como o brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica.
Freire Gomes comandou o Exército no último ano da gestão do então presidente Jair Bolsonaro (PL), tendo assumido em março de 2022 em substituição a Paulo Sérgio Nogueira, que foi nomeado ministro da Defesa. Nascido em 31 de julho de 1957 em Pirassununga, São Paulo, Freire Gomes tem longa carreira militar, incluindo cursos no Brasil, Estados Unidos e Egito, atuando em diversas unidades e funções estratégicas no âmbito do Exército brasileiro e do Gabinete de Segurança Institucional.
Reações e debates
“Todas as audiências serão realizadas por videoconferência e acompanhadas pelas defesas dos denunciados, além de representantes da Procuradoria-Geral da República.”
— Relato oficial do STF
“Freire Gomes teria sido pressionado para aderir à trama golpista, assim como o brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica.”
— Relato da investigação do STF
O depoimento do general Freire Gomes teve repercussão no cenário político nacional, ao revelar a tentativa de envolvimento de altas autoridades militares em um plano para subverter o resultado das eleições de 2022. A série de audiências no STF busca esclarecer as articulações e responsabilidades, em um momento em que o debate sobre a segurança democrática no Brasil permanece sensível. Líderes políticos e especialistas acompanharam de perto o desenrolar das investigações e as respostas das testemunhas aos questionamentos dos juízes-auxiliares.
Desdobramentos e desafios
O inquérito que apura a tentativa de golpe encaminha-se para a oitiva de mais testemunhas, permanecendo a análise rigorosa das evidências para subsidiar eventuais denúncias formais. A condução eletrônica dos depoimentos, por videoconferência, permite ampla participação e controle dos atores envolvidos, buscando garantir transparência e legalidade no processo. A complexidade do caso impõe desafios institucionais ao sistema judicial e ao aparelho militar, reforçando a necessidade de resguardar os princípios democráticos e a estabilidade política no país.
O desenlace das investigações poderá impactar futuras pautas legislativas sobre o papel das Forças Armadas e mecanismos de defesa da democracia, além de influenciar a percepção pública sobre os limites institucionais em momentos de crise política. As próximas semanas serão cruciais para definir os rumos e as consequências jurídicas decorrentes deste episódio.
Fonte: (CNN Brasil – Política)
