
Paris — InkDesign News — A recente greve de funcionários do Museu do Louvre, em Paris, destaca as crescentes tensões entre os turistas e os residentes locais, refletindo a pressão exercida pelo turismo de massa na cultura e na acessibilidade às obras-primas, como a Mona Lisa.
Contexto e lançamento
A greve, que resultou no fechamento do museu, ocorre em um contexto de manifestações contra o turismo em massa que se espalham pela Europa. Profissionais do Louvre, um dos museus mais visitados do mundo, expressaram sua insatisfação gerada pelas multidões cada vez mais incontroláveis. Istanbul, Barcelona e Lisboa também enfrentaram protestos similares, onde locais reclamaram que o turismo intensivo compromete a qualidade de vida nas cidades.
Design e especificações
A proposta de recriar o espaço da Mona Lisa em uma sala própria visaria mitigar o impacto da enorme quantidade de visitantes, que chega a 20.000 diariamente. De acordo com um relatório da AP, os trabalhadores do museu alegam que a atual infraestrutura é insuficiente para lidar com o volume de público, o que gera situações de estresse e desconforto para tanto visitantes quanto funcionários. A situação é particularmente crítica no salão que abriga a famosa pintura, onde a experiência se torna menos sobre a arte e mais sobre a corrida para conseguir uma foto, criando um ambiente saturado e impessoal.
Repercussão e aplicações
O impacto desses eventos vai além do Louvre, refletindo uma tendência global em destinos turísticos populares. As comunidades locais estão se mobilizando contra o que consideram a erosão da sua cultura e patrimônio. “Você não vê uma pintura. Você vê telefones. Você vê cotovelos. Você sente calor. E então, você é empurrado para fora”, relata Ji-Hyun Park, um turista de Seul, refletindo sobre a experiência no museu. Essa crescente resistência à presença maciça de turistas é um sinal de que as cidades precisam repensar seu modelo de turismo e as estratégias de gerenciamento de visitantes.
Em um contexto onde a estética e a vivência cultural estão em risco devido à saturação, a repressão a grandes fluxos de turistas pode ser uma previsão das políticas que se seguem nas cidades europeias. O que se avizinha é uma reavaliação das práticas turísticas, possivelmente levando a um turismo mais sustentável e respeitoso.
As tendências futuras podem direcionar os museus a um modelo mais inclusivo e adaptado às necessidades tanto de visitantes quanto de locais, o que pode alterar dramaticamente a interação com as obras de arte e o espaço urbano.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)